Os números divulgados pela APINCO, relativos à produção de pintos de corte de maio passado, sugerem que a oferta recente de aves prontas para o abate (supondo-se viabilidade de 96% dos pintos alojados e média de idade de 42 dias) recuou cerca de 5%. Ou seja: passou de 18,105 milhões de cabeças/dia (entre, aproximadamente, meados de maio e o primeiro decêndio de junho) para 17,236 milhões de cabeças/dia (entre, também aproximadamente, o segundo decêndio de junho e o primeiro decêndio de julho corrente).
O índice de redução pode não ter sido muito representativo. Mas, como deixa claro o gráfico abaixo, permitiu expressiva recuperação nos preços do frango abatido. Ou, tomando como referência as médias registradas nos dois períodos citados, um ganho de, aproximadamente, 10%.
Porém, o resultado mais recente fica ainda mais significativo quando comparado ao observado no início do ano, entre meados de janeiro e os primeiros dias de fevereiro. Pois, frente a uma redução de 9% no volume de aves disponíveis para abate, o preço médio alcançado entre junho passado e julho corrente foi cerca de 40% superior.
Neste caso, obviamente, outros fatores influenciaram tal nível de valorização. Como, por exemplo, a ocorrência de férias da população no primeiros bimestre do ano ou, ainda, a concentração de compromissos financeiros no início de cada nova exercício (IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, etc.). Mas, sem dúvida, a oferta ajustada foi fator-chave na recuperação registrada.
Fonte: AviSite