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Brasil, EUA e UE sofrem impacto com queda nas compras chinesas de carne suína

As importações de carne suína pela China deverão cair fortemente em 2022, impactando as exportações de grandes produtores incluindo o Brasil, Estados Unidos e União Europeia, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório divulgado nesta semana.

A China continuará sendo o maior importador de carne suína do mundo, mas deverá reduzir pela metade a sua participação nas compras globais da proteína, de 42% em 2020 para 20% em 2022, segundo o USDA.

As exportações globais de carne suína em 2022 deverão somar 10,6 milhões de toneladas e a China deverá importar 2,2 milhões de toneladas.

“A forte queda na demanda da China deixa grandes exportadores, como UE, Brasil e Estados Unidos, buscando mercados para compensar a diminuição do comércio. Em um cenário de limitados mercados alternativos com condições de absorver volumes consideráveis, o comércio global de carne suína deve cair 13% em 2022”, disse o USDA.

O governo americano estima que a demanda por carne suína deverá aumentar na Coreia do Sul, México, Japão e Filipinas, mas não o suficiente para compensar o forte declínio nas compras chinesas.

A produção global de carne suína é estimada em 110,7 milhões de toneladas em 2022, segundo o USDA, sendo que a China deverá produzir 51,8 milhões de toneladas, ainda abaixo dos volumes produzidos antes de o surto de Peste Suína Africana atingir o país.

O Brasil deverá produzir 4,34 milhões de toneladas de carne suína neste ano, segundo o USDA. As exportações totais de carne suína do país deverão somar 1,25 milhão de toneladas e o consumo doméstico é estimado em 3,09 milhões de toneladas.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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