Na terceira semana de julho (3 a 9, 27ª semana do ano), o frango abatido fez jus ao momento (de intenso comércio de alimentos com a chegada dos salários ao mercado), pois alcançou sua melhor cotação em quase três meses.
Comercializado em boa parte da semana por (valor médio) R$7,50/kg, só ficou aquém do registrado, mais ou menos, em idêntico período de abril, ocasião em que chegou a alcançar, na média, R$7,55/kg, até aqui a melhor cotação de 2022.
Mas, tudo indica, aquele resultado pode não ser alcançado em julho corrente. Pois, na maior parte desta última semana, o valor registrado permaneceu inalterado, sinalizando que o máximo do mês já deve ter sido atingido. Ou seja: se for superado, será na reposição.
Como o esforço dos abatedouros ficará, doravante, concentrado na manutenção das condições atuais de comercialização (isto é, na sustentação de preços), parece estar claro que poucos acorrerão ao mercado independente do frango vivo que, assim, tende a manter por mais algum tempo a cotação de R$6,00/kg, valor que vem sendo praticado há quase dois meses, desde 16 de maio passado.
Notar que – quer em termos mensais, quer em termos anuais – o frango vivo não vem conseguindo sequer acompanhar a inflação oficial. E se, em relação ao mês anterior, registra variação igual a “zero”, está em vias de ver esse mesmo índice aplicado à variação anual, pois há um ano, entre 15 de julho e até o início de novembro, foi comercializado pelos mesmos R$6,00/kg – com a diferença de que, pelo IPCA, esse valor foi quase 12% superior.
Porém, a situação do frango abatido não chega a ser muito diferente. Como encerrou o primeiro decêndio de julho com valor médio de R$7,45/kg, registra por ora variação entre 5% e 6% em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado. Quer dizer: também não consegue acompanhar a inflação oficial.
Fonte: AviSite
