A processadora de carne suína Pamplona Alimentos e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) estão tratando cerca de 400 toneladas mensais de resíduos frigoríficos e transformando-os em composto orgânico, como parte de uma parceria fechada em 2017, segundo informações divulgadas pela Epagri na terça-feira (28).
Por meio da compostagem, os resíduos das plantas frigoríficas da Pamplona são transformados em fertilizantes que podem ser registrados como do tipo Classe A no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O projeto está sendo desenvolvido por pesquisadores da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI) na unidade de compostagem Lauro Pamplona, no município de Trombudo Central.
A compostagem é realizada com os resíduos frigoríficos das plantas da Pamplona em Rio do Sul e Presidente Getúlio, além dos resíduos oriundos das fábricas de ração, cinzas de caldeira e das criações de suínos.
“O sistema confere um tratamento eficiente dos resíduos, transformando estes materiais em um composto orgânico de alta qualidade, seguro em relação a contaminações, com elevado valor agronômico”, disse o pesquisador da EEI, Rafael Cantú, em nota divulgada pela Epagri.
O sistema de compostagem e o da produção do composto estão licenciados pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
A tecnologia desenvolvida pela Epagri poderá ser aplicada em outras agroindústrias catarinenses de carnes, segundo Cantú.
O pesquisador da EEI disse que as avaliações do composto feitas nas Estações Experimentais da Epagri em Itajaí e Ituporanga e em propriedades rurais mostraram resultados bastante animadores quanto ao seu uso em cultivos, com respostas positivas por parte dos produtores.
A Pamplona afirma que realiza a compostagem de 100% dos resíduos orgânicos gerados em suas unidades industriais e de boa parte dos resíduos provenientes da suinocultura em granjas próprias, segundo informações no site da companhia.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil