Rápido olhar ao gráfico abaixo aponta que maio passado propiciou ao produtor do frango resultado econômico bem melhor que o registrado um ano antes. Em maio de 2021 a diferença (margem) entre custo e preço foi mínima, inferior a meio por cento (custo: R$5,25/kg; preço médio registrado no mês: R$5,27/kg). Já no maio mais recente a margem superou ligeiramente os 10%.
Coincidentemente, essa é a mesma média observada nos 10 anos transcorridos desde janeiro de 2010 (quando a Embrapa Suínos e Aves passou a levantar, mensalmente, o custo de produção do frango vivo) e dezembro de 2019.
Mas a média – considerada histórica – sofreu total degradação a partir de 2020. Pois, nos 29 meses desde então decorridos (janeiro/20-maio/22) a margem entre custo e preço não chega a 2,5%.
No gráfico, é mostrada a evolução do custo e do preço entre maio de 2021 e maio de 2022. A partir dele se conclui que, graças à boa recuperação de preços registrada pelo frango vivo no quadrimestre julho/outubro de 2021, a margem voltou a se elevar, alcançando média de 8,6% nos oito últimos meses do ano passado
Tal resultado, porém, sofreu nova e total reversão nos cinco primeiros meses de 2022. Pois, frente a um custo médio de R$5,63/kg, o resultado obtido na venda do frango vivo mal chega a R$5,70/kg (porque muitos negócios têm sido efetivados com descontos em relação à cotação vigente no mercado). Assim, ainda que nos dois últimos meses a margem tenha ficado acima de 10%, na média do ano não vai muito além de 1%.
Fonte: AviSite
