Os resultados preliminares apontam que o frango abatido deve encerrar o quinto mês de 2022 com um valor médio quase 9% menor que o do mês anterior e, agora, com um incremento anual que não chega a 10% em relação a maio de 2021 e que, portanto, não cobre sequer a inflação oficial registrada no período.
Na prática, o desempenho no mês foi muito similar ao registrado seis meses atrás, em novembro de 2021. Desde então, em apenas duas ocasiões – bimestre março/abril – o valor médio do mês superou a média atual. Além disso, maio marca o primeiro retrocesso de preços do ano.
Vinda de abril e acentuada em maio, a queda ora observada não tem, à primeira vista, nada de anormal: apresenta o típico comportamento sazonal, acompanhando o período de safra da carne. O problema é que, desta vez, a redução observada foi mais incisiva que o padrão, normalmente de relativa estabilidade no bimestre abril/maio.
O pior, porém, é que embora também em aparente queda, os custos de produção não vêm retroagindo na mesma proporção. Pois enquanto caem, minimamente, os custos das matérias-primas básicas do produto (milho e farelo de soja), os custos industriais (especialmente os de combustíveis e energia elétrica) permanecem em alta contínua.
Desta vez, porém, o frango abatido não está sozinho. A mesma situação é enfrentada pelas carnes suína e bovina, todas passando por um movimento de baixa que, embora típico do período de safra das carnes, reflete apenas o baixíssimo poder aquisitivo do consumidor. E, sob tais condições, a reversão pode não vir tão cedo quanto o necessário e desejável.
Fonte: AviSite