Terceiro módulo da capacitação para extensionistas incluiu visita a laboratório e práticas de campo
Firmado entre a Secretaria de Agricultura de Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo e o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), o Projeto Citrus SP Sustentável visa estimular o desenvolvimento sustentável da citricultura, com o foco em pequenas e médias propriedades, com a transferência de tecnologia visando ao combate das principais pragas dos citrus. O plano de trabalho conjuga ações e atividades executadas conjuntamente pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e pelo Fundecitrus.
As capacitações técnicas são parte dessa iniciativa de fomento e melhoria da citricultura no estado. O terceiro módulo da capacitação técnica para 30 extensionistas da CATI incluiu visita aos laboratórios do Fundecitrus e práticas de campo, no último dia 18 de maio, na sede do Fundecitrus, em Araraquara.
O engenheiro agrônomo da CATI, Vivaldo Viganó, relata sua satisfação com o dia de formação. Feliz com o conteúdo bastante prático que foi oferecido, o terceiro módulo complementou muito bem, segundo ele, os conteúdos teóricos passados nas 12 aulas on-line anteriores, nos módulos I e III da capacitação técnica proporcionada pelo Projeto Citrus SP Sustentável.
“A atividade presencial foi importante também para motivar os técnicos da CATI e proporcionou uma maior participação de todos, bem como maior integração entre eles e o corpo técnico do Fundecitrus, parceiro da SAA nesse Projeto”, explica Vivaldo.
A visita foi acompanhada pelo coordenador da equipe de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala, e pelos engenheiros agrônomos do Fundecitrus Arthur Tomaseto e Guilherme Rodriguez, que promoveram treinamento sobre pragas e doenças dos citros, concluído com aula prática no campo.
Guilherme Rodriguez realça a importância da parceria entre Fundecitrus e SAA. “Estamos enfrentando uma doença extremamente severa, o greening, o que serviu para unir a todos, Fundecitrus e Secretaria de Agricultura. Somando forças, tendo mais capilaridade − a isso se soma o histórico e a adesão do produtor à SAA −, atingiremos o máximo de pessoas com conhecimento, assessoria e tecnologia, para que o produtor maneje bem o seu pomar”, acredita.
“Temos capacitado técnicos nas principais doenças, de modo teórico, e, hoje (durante a capacitação), temos a parte prática, no campo, nos laboratórios e também conhecendo a instituição. A principal busca dos produtores é pelo conhecimento sobre o greening. É claro que há outras pragas: leprose, ferrugem, ácaros esfoliadores, furão, mosca-das-frutas, mas, pelo potencial devastador do greening, de tirar o citricultor da cadeia produtiva, ele é o que mais demanda interesse do produtor”, comenta Guilherme, lembrando que o Fundecitrus tem se esmerado em oferecer conteúdo sólido sobre o tema.
Ele lembra que no cenário de desafios atuais, que pressiona o citricultor, estão os custos elevados para a viabilização da produção e doenças. “Não só o greening, mas todas as doenças que trazem queda de fruto e prejuízos. Leprose, bicho-furão e mosca, outras pragas, têm aumentado. É um cenário de desafios no qual o produtor precisa ser cada vez mais técnico. Nosso trabalho no Fundecitrus entra aí, pois gera ciência e conhecimento técnico para o produtor aplicar no dia a dia da sua propriedade”, diz.
Por Bárbara Beraquet (Mtb 37.454)
Fotos internas: Daniele Merola
Fotos externas: Nivaldo Muzardo e Juliano Quarteroli Silva
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo