Olá amigo da seringueira!
Fuga de capital especulativo do mercado futuro tira fôlego da TSR20 que, mesmo com mercado físico positivo, anda de lado enquanto dólar no Brasil segue em baixa.
Esta semana a TSR20 seguiu andando de lado terminando o período cotada a USD1,77 o kg do contrato front month em Singapura.
Enquanto isso aqui no Brasil o dólar continua fraco fechando a sexta feira a R$5,02.
Esta combinação está levando a projeção da Referência GEB-10 ABR MAI a R$10,30 -6,09% frente aos atuais R$10,97 válidos agora para FEV e MAR.
Semana de mais queda no dólar e atenção: o dólar turismo nessa quinta derreteu e chegou a bater R$4,60. Situação atípica do dólar turismo ficar abaixo do PTAX mas uma situação de alerta pra você aí que ou está comprando dólar ou fechando cambio para pagamentos de importação, pode ser que semana que vem seja uma boa hora para aproveitar a caída que parece vir forte.
Com relação a referência GEB-10 vc já sabe, dólar em baixa quer dizer queda na projeção da referência.
No cenário internacional semana receio sobre as instabilidades geopolíticas geradas pela guerra na Ucrânia seguiram afugentando o capital especulativo das bolsas de futuros.
Apesar de fatores positivos do lado dos fundamentos sendo (1) entre safra mundial (2) inundações na região sul da Tailândia o mercado futuro andou de lado.
Esta situação está aprofundando o descolamento entre o mercado físico e o mercado futuro.
Alguns especialistas inclusive já falam que os dias da referência SICOM estão contados. E parece que a própria Bolsa de Singapura já notou isso e anunciou o desenvolvimento de um novo índice de preços para o mercado físico em parceria com a Plataforma HeveaConect.
Destaque para o fato da SGX ter comprado uma participação minoritária na plataforma que supostamente já teria hoje 15 das maiores pneumáticas do mundo comprando matéria prima por ela.
E veja que interessante, esta situação de descolamento das referências não é diferente no Brasil.
Destaque para o fato de que, acompanhando esse movimento de atualização de referências, a ABRABOR marcou para esta próxima semana reunião do seu Grupo de Trabalho de Referências de Preço que vai discutir melhorias na publicação do atual Índice de Custo de Importação, elaborado e publicado desde 2018.
A questão é que com o descolamento mundial dos mercados físicos, devido as grandes transformações que vive o mercado, as referências estão passando por revisões.
Imaginem que o valor de venda da TSR no mercado físico Internacional hoje chega a ser Sicom +20% enquanto no Brasil a participação do coágulo sobre a Referência GEB 10 já bate a casa dos 90% e segue aumentando.
No Brasil e no mundo todo as referências estão sendo revistas, contratos recalculados e valores ajustados…é o novo normal da Borracha Natural. Enquanto isso eu sou,
Diogo Esperante
Diretor Executivo da Apabor
Para o Jornal Campo Aberto
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