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Em uma década, participação dos cortes no volume e na receita cambial da carne de frango aumenta em torno de 40%

Pouco mais de dez anos atrás, em janeiro de 2012, as exportações de carne de frango tinham nos cortes a metade do volume e da receita cambial então registrados.

Na época, a participação do frango inteiro ficou próxima (mas aquém) dos 40%, representando volume que gerou 34% da receita. Já a carne salgada e os industrializados, mesmo correspondendo a 11% do volume total, contribuíram com 16% da receita daquele mês.

Embora cortes e frango inteiro tivessem importância muito maior, o desempenho de industrializados e carne salgada era, sem dúvida, promissor, Pois sua participação na receita subia (5 pontos percentuais) em relação à participação no volume.

Mas, no decorrer do tempo, a promessa não se confirmou. Pois, 10 anos depois, em janeiro de 2022, industrializados e carne salgada representaram 8% do volume exportado no mês – redução de quase 30% em uma década. A participação na receita continuou sendo maior que no volume, mas também recuou – para 12% do total, queda de 25%.

O frango inteiro não escapou desse processo. Aliás, ele foi bem mais afetado que os outros dois itens, visto que sua participação no volume recuou mais de 45%, caindo para apenas 21% do volume total exportado. Um tombo de quase igual significado na receita cambial do item, que retrocedeu de 34% para menos de um quinto da receita total.

Em outras palavras, pois, o único item com ganho de participação, tanto no volume quanto na receita cambial, foram os cortes de frango. No volume, representaram 71% do total embarcado – aumento de 42%. E, na receita, sua contribuição subiu para 69% do total – aumento de 38%.

É importante registrar que embora esses resultados se refiram a dois meses específicos, refletem integralmente o panorama observado nas exportações de carne de frango: a participação dos cortes – tanto no volume quanto na receita – mantém-se em evolução praticamente contínua, enquanto, opostamente, a participação dos outros três itens sofre declínio também praticamente contínuo.

Sob esse aspecto, aplicando-se uma linha de tendência a esses itens, observa-se que, dentro de quatro anos, mais de 80% do volume e da receita da carne de frango exportada poderão ser gerados pelos cortes.

A tendência do frango é recuar para uma participação entre 15% e 20% no volume e na receita. Por sua vez, carne salgada e industrializados tendem a uma participação de, no máximo, 5% nos dois quesitos.

Fonte: AviSite

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Em uma década, participação dos cortes no volume e na receita cambial da carne de frango aumenta em torno de 40%

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