O frango abatido passou pela primeira semana de fevereiro sem dar sinais de que começou novo mês. Que seja por enquanto, pois desde meados de janeiro o produto vem operando com preços inferiores aos de um atrás, o que significa que perde não só para a inflação, mas também para o custo que, em relação ao mesmo mês do ano passado, deve estar entre 10% e 15% mais caro.
Comparativamente ao mesmo dia de 2021, a semana passada foi encerrada (sexta-feira, 4) com um valor médio cerca de 7,5% menor. Mas, na média do mês (primeiros quatro dias úteis de fevereiro) o resultado negativo cai para pouco mais de 4% e se encontra quase 2% aquém do que foi registrado em janeiro passado.
À primeira vista, o comportamento do frango vivo é bem diferente, pois sua cotação permanece inalterada desde o último dia 10 de janeiro. Mas essa é uma estabilidade apenas aparente, pois, em decorrência do fraco desempenho do frango abatido, a procura pela ave viva tem sido mínima, forçando boa parte do mercado a operar com descontos sobre a cotação vigente.
Embora mais grave, o atual panorama é o mesmo registrado nos primeiros dias do ano passado, ocasião em que a cotação então registrada também correspondia a um valor máximo, não ao preço médio recebido pelos produtores.
Note-se, de toda forma, que depois de ter iniciado fevereiro com aquela que seria a menor remuneração de 2021, a partir do dia 10 o frango vivo entrou em um processo praticamente contínuo de altas que só cessaram cerca de nove meses depois, quando recomeçou o atual ciclo de baixa procura e preços estáveis ou em retrocesso.
Ainda não há dados oficiais a respeito, mas informações de mercado dão conta de que o alojamento de reprodutoras de corte de 2021 não apresentou aumento significativo, mantendo-se quase nos mesmos níveis do ano anterior. Se isso se confirmar, o potencial de produção de carne de frango do corrente exercício também se manterá nos mesmos níveis do ao passado, criando mais oportunidades para rápida superação do defasado e gravoso preço do produto.
Fonte: AviSite