Em agosto passado, o Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI na sigla em inglês) reverteu a situação de queda registrada nos meses de junho e julho, praticamente retornando ao nível registrado em maio passado. Alcançando 127,4 pontos, o FFPI aumentou 3,13% em relação ao mês anterior, cerca de 12,5% nos oito primeiros meses de 2021 e 32,91% em relação a agosto de 2020.
Como se constata pelo último índice – aumento anual de quase 33% – a inflação dos alimentos não é exclusividade brasileira, mas fenômeno mundial. Determinado, sobretudo, pelos cereais, gorduras vegetais e açúcar. Que, em agosto, registraram aumentos anuais de, respectivamente, 31,12%, 67,89% e 48,06%. Ou, na média dos 12 meses encerrados em agosto último, de 25,4%, 57,9% e 26,2%, também respectivamente.
Comparativamente, as carnes tiveram participação mínima nesse processo. Pois ainda que tenham registrado em agosto variação de 22% em relação ao mesmo mês do ano passado, na média dos últimos 12 meses ficaram apenas 1,8% mais caras que em idêntico período anterior.
A registrar que, na alta dos cereais ocorrida em agosto, a participação do milho foi negativa, ou seja, seus preços apresentaram ligeiro recuo, inferior a 1%. Conforme a FAO isso se deveu à perspectiva de maior produção na Argentina, na União Europeia e na Ucrânia, o que neutralizou parcialmente as expectativas de queda na produção do Brasil e dos EUA.
Fonte: AviSite