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CNA promove capacitação sobre concorrência internacional

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na terça (31), o terceiro e último módulo do curso virtual “Capacitação Inteligência Comercial – Como acessar informações relevantes para o mercado internacional”.

A iniciativa foi promovida em parceria com os Ministérios da Agricultura (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O módulo “Conhecendo a concorrência internacional” contou com a participação do pesquisador e gerente adjunto da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Elisio Contini, e do assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues.

Segundo Elisio Contini, para entrar e dominar o mercado internacional é necessário ter liderança de custos, diferenciação de produtos e tecnologia de fronteira.

O pesquisador também citou os principais fatores que impactam a exportação agropecuária brasileira, como o custo Brasil, a proximidade física dos destinos, infraestrutura, escala de produção, importância do entorno, acordos comerciais, volatilidade do câmbio, meio ambiente e questões sociais.

Em suas considerações finais, Elisio afirmou que “a economia mundial vai deslanchar nesse segundo semestre, que não se pode ser um bom exportador em tudo, que o agro brasileiro vai avançar com relação à economia e exportações em 2022/2023 e que o desenvolvimento mundial depende da indústria”.

Já Pedro Rodrigues destacou a importância do Brasil no mercado internacional. “Hoje somos o terceiro maior exportador de produtos agropecuários do mundo, atrás apenas da União Europeia e dos Estados Unidos. Isso mostra a força e o potencial que temos no exterior”.

O assessor da CNA também falou sobre os tipos de tarifas existentes no comércio internacional. A tarifa ad valorem incide sobre o percentual do valor de um produto, já a específica incide sobre a quantidade comercializada. A mista é uma combinação entre alíquotas ad valorem e específica. A tarifa composta é uma parte ad valorem e específica e as cotas tarifárias são uma alíquota exclusiva a depender da quantidade comercializada.

“Em geral as tarifas aplicadas sobre produtos agropecuários tendem a ser mais altas em relação às aplicadas sobre outros produtos. No caso coreano, enquanto a média global das tarifas aplicadas fica em torno de 14,4%, para produtos agropecuários esse valor é de 49,25%”, explicou Pedro.

Segundo Rodrigues, outro aspecto importante é conhecer a concorrência. “Fatores como acordos comerciais podem ser determinantes para a competitividade. A União Europeia, por exemplo, tem vantagens relevantes em termos tarifários no mercado coreano enfrentando uma alíquota média de 19,5% para produtos agropecuários”.

Assista o Módulo 1 – O agro brasileiro no mundo:

Assista o Módulo 2 – Identificação de oportunidades comerciais:

Fonte: CNA

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