A Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Mococa do Instituto Agronômico (IAC) recebeu a visita do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, Itamar Borges, e do secretário-executivo, Francisco Matturro.
Recebidos pelo diretor do IAC, Marcos Landell, pelo diretor de Ação Regional do IAC, Aildson Duarte, pelo diretor da Unidade, Paulo Boller Gallo, pelo assessor da Secretaria, Orlando Melo de Castro, e os pesquisadores Thiago Factor e Sebastião de Lima Jr, a equipe da Secretaria conheceu as novas variedades do IAC de batata que devem ser lançadas em breve, como uma das 150 entregas tecnológicas da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Os materiais são resistentes a requeima, uma das principais doenças da bataticultura. Algumas variedades de batatas têm polpa colorida, com ótimo potencial para a gastronomia. Estes serão os primeiros materiais coloridos a serem registrados no Brasil. A coloração roxa e amarelo escuro proporciona maior valor agregado, até dez vezes superior aos recebidos quando comparado com os materiais convencionais.
Também foram conhecidas as pesquisas com algodão naturalmente colorido e café.
“Eu costumo dizer que o agro é o que é graças à ciência e à pesquisa, à extensão rural, ao produtor e às entidades. As unidades da Secretaria fazem a diferença para toda a economia. O governador João Doria e o vice-governador Rodrigo Garcia têm tido essa sensibilidade, por isso, liberaram R$ 52 milhões para nossos institutos de pesquisa”, afirmou Borges.
O secretário também lembrou dos anúncios recentes do Governo de SP para melhorar a segurança no campo, disponibilizando viaturas específicas para ronda rural, além de investimento para regularização ambiental e recurso para os produtores atingidos por geada e crise hídrica.
Mirian Gomes, professora da Fatec, contou sobre a parceria da Unidade do IAC com a escola técnica, desde 2008. “Sempre falo para nossos alunos que temos um campo experimental como esse no quintal de casa. Isso é muito importante para eles e para os produtores rurais”, disse, citando exemplo de aluno da Fatec, que fez mestrado e doutorado no IAC e hoje tem uma startup na área de aeroponia (técnica de cultivo com plantas suspensas no ar).
A UPD colabora com os programas de melhoramento de novas variedades de café, feijão, cana, milho, algodão, batata, cebola e pupunha.
Também são desenvolvidos estudos na área de agricultura de baixo carbono, por meio de projetos se plantio direto e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Matturro ressaltou a importância dos sistemas de produção integrados. “Fico muito orgulhoso em saber que aqui tem um programa como esse, porque ele é fundamental para gerar renda, emprego, melhorar a sustentabilidade e o IDH de uma região”, afirmou.
A UPD atua ainda em projetos inovadores na linha de sistemas de aeroponia para a produção de batata semente e de hortaliças em ambientes domésticos. Outro destaque é a produção de sementes de amendoim, arroz, café, feijão, milho, soja e adubos verdes.
“A pesquisa pública sabe a importância do seu papel. Um estudo recente da APTA mostra que a cada um real investido nas nossas pesquisas tem o retorno de R$ 12,80 para a sociedade”, contou Gallo.
Também participaram da visita o prefeito de Mococa, Eduardo Barison; o vereador Brasilino de Moraes; o diretor de Agricultura do município, José Eduardo; o presidente do Codemo, Marcos Cordon; professores da Fatec, Lucas e Mirina Gomes; presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite de Mococa, produtor, Martinho Colpani; diretor da Cooxupé, João Luiz; presidente do Sindicato Rural de São José do Rio Pardo, Nei Minussi; representantes da Terra Forte, Vanderlei Jerônimo e Newton Lopes; produtor rural, Mac Arthur Garcia; chefe da Casa de Agricultura de Mococa, Daniel Beluti; e a liderança da cidade, Sônia de Paula.
Por Assessoria de Comunicação
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo