O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que reforçou a vigilância sanitária após a ocorrência de dois focos de peste suína africana (PSA) na República Dominicana na semana passada.
“Reforçamos as recomendações para vigilância em portos e aeroportos, para assegurar que companhias aéreas e marítimas e viajantes obedeçam às proibições de ingresso de produtos que representem risco de pragas e doenças para a agropecuária”, disse o diretor de Saúde Animal do Mapa, Geraldo Moraes, em nota divulgada na sexta-feira (30).
Os Estados Unidos notificaram a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na quinta-feira (29) após identificar os focos de PSA em diagnóstico do Laboratório de Diagnóstico de Doenças Exóticas do Departamento de Agricultura (USDA).
Esse é o primeiro registro da doença no continente americano desde a década de 1980, quando a doença foi considerada erradicada, após ocorrências no Brasil, em Cuba, no Haiti e na própria República Dominicana, segundo o Mapa.
O sistema de vigilância sanitária do Brasil inclui planos de contingência para peste suína clássica (PSC) e peste suína africana.
O Mapa disse que vem fortalecendo suas ações de vigilância desde 2018, quando a PSA se disseminou na China e em outros países da Ásia e Europa, visando a detecção e diagnóstico precoces e resposta rápida a eventuais casos no Brasil.
Na quinta-feira (29), o Mapa lançou o Plano Integrado de Vigilância de Doença de Suínos, ação que busca fortalecer a detecção precoce da PSC, PSA e da Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), segundo informações da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
“Os elos da cadeia produtiva devem estar envolvidos, pois é um compromisso de todos manter e melhorar a vigilância animal implantada no Brasil e proteger a suinocultura nacional”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, em nota divulgada pela entidade na segunda-feira (02).
Por sua vez, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse na sexta-feira (30) que os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica da entidade, com foco especial na movimentação de pessoas.
O Brasil tem um rebanho de mais de 40 milhões de suínos e não registra focos de PSA desde 1984.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil