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Coordenador da CATI/CDRS visita unidade do Projeto Consórcio Seringueira e Cacau na região de São José Rio Preto

Instalada na Escola Técnica (Etec) Padre José Nunes Dias, no município de Monte Aprazível, Unidade de Adaptação de Tecnologia (UAT) do Projeto é conduzida por extensionistas da CATI/CDRS Regional São José do Rio Preto e tem como objetivo capacitar os futuros técnicos agrícolas nas áreas de cultivo e processamento de cacau.

Na dia 29 de julho, acompanhado por extensionistas e professores, o coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI/CDRS), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Alexandre Manzoni Grassi, fez uma visita à UAT do projeto, instalada há três anos na Escola Técnica, que é uma unidade estadual de ensino. O objetivo foi conhecer com mais profundidade o desenvolvimento do Consórcio Seringueira e Cacau, que a Regional São José do Rio Preto vem aprimorando no noroeste paulista, bem como as capacitações de estudantes e produtores, que vêm sendo realizadas no local.

“Junto com a coordenação da instituição, assumi também o compromisso de promover e incentivar cada vez mais ações e projetos regionais, para gerar novas oportunidades de negócio, diversificação, renda e emprego nas propriedades. E este Projeto, conduzido com responsabilidade e dedicação por extensionistas da nossa Regional de São José do Rio Preto, tem mostrado o potencial da cacauicultura para diversificar a agricultura, ao mesmo tempo que fortalece a cadeia produtiva da heveicultura (seringueira), uma das principais atividades econômicas e sociais da região, com grande impacto na geração de renda e emprego”, ressalta Grassi, constatando que, mais que adaptação de tecnologia de produção do cacau, o Projeto tem reforçado as parcerias entre entidades e também no âmbito público-privado, com ganhos imensos para os produtores rurais.

Os engenheiros agrônomos que conduzem o Projeto atestam essa visão do coordenador. “Vislumbrando o desenvolvimento de uma atividade de alto valor econômico, com potencial para promover rápida amortização do capital investido e rentabilidade com impacto na economia regional, diversas entidades se tornaram parceiras e/ou patrocinadoras”, explica Andrey Vetorelli, informando que o Projeto conta com patrocínio da Fundação Cargill e apoio total da Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp) para instalação de UATs e capacitação dos extensionistas; bem como com efetivo acompanhamento de pesquisadores da Ceplac – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e principal centro de pesquisa da cacauicultura do Brasil e da América Latina. “Ainda contamos com o apoio essencial da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de São José do Rio Preto e Etec de Monte Aprazível; do Sindicato Rural/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de São José do Rio Preto; e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) – Polo Regional Pindorama”, explica o agrônomo, que, ao lado dos engenheiros agrônomos Fioravante Stuchi Neto (Casa da Agricultura de José Bonifácio) e Fernando Miquelletti, formam o Grupo Técnico do Consórcio Seringueira, Cacau e Banana, o qual conta com total apoio do diretor técnico da CATI/CDRS Regional São José do Rio Preto, Ricardo Domingos Luiz Pereira.

Em uma ação integrada entre a Etec e a Faculdade de Tecnologia (Fatec) de São José do Rio Preto (ambas ligadas ao Centro Paula Souza), a UAT tem acompanhamento dos professores Jarbas Gabriel Costa Junior (curso de Administração da Etec) e Maria Vitória C. Gottardi Costa (curso de Tecnologia em Agronegócio da Fatec), que reconhecem a importância do Projeto para a formação dos alunos, diversificação de atividades na região, abertura de novos mercados e agregação de valor nas propriedades que já atuam com seringueira. 
“Este Projeto veio ao encontro de nossas aspirações como educadores, pois permite capacitar, de forma ampla, os alunos do Curso de Técnico Agrícola, com conhecimento e prática de campo em uma cultura que tem novas tecnologias de produção e manejo para a região. Por outro lado, oferece uma oportunidade ímpar aos alunos de Tecnologia em Agroindústria da Etec e também aos de Tecnologia do Agronegócio da Fatec, de se capacitarem em todos os processos de beneficiamento das amêndoas de cacau, da produção de manteiga até o chocolate, acompanhando a cadeia produtiva como um todo”, avaliam os professores, enfatizando que o Consórcio se mostra altamente promissor para abrir novos mercados e diversificar o agronegócio no noroeste paulista. “A coordenadora da Fatec, Danila C. Bertolin, costuma dizer que este Projeto tem a possibilidade de modificar o Produto Interno Bruto (PIB) da região; e nós concordamos”, ressaltam Maria Vitória e Jarbas, destacando a satisfação de trabalharem em estreita parceria com os técnicos da CATI.

UAT da Etec de Monte Aprazível não é a única instalada na região

Até o momento, existem UATs implementadas com mudas oriundas do Estado do Espírito Santo, nos municípios de José Bonifácio, Mirassol, Potirendaba, Monte Aprazível, Nova Granada, Ipiguá, Adolfo e São José do Rio Preto. “A implantação desse modelo de consórcio tem despertado muito interesse de produtores, pois a cacauicultura é uma atividade de alto valor econômico, com potencial para promover rápida amortização do capital investido e rentabilidade com impacto na economia regional. Portanto, essas UATs se tornam fundamentais na geração e adaptação de tecnologias de produção, pois nelas estão sendo aplicadas diferentes técnicas de manejo da cultura, irrigação, adubação, tratamento fitossanitário e de plantas daninhas, além de colheita e coleta de informações para análise financeira do sistema”, salientam Andrey, Fioravante e Fernando, informando que, nessas áreas – abertas para transferência de conhecimento a todos interessados, principalmente aos produtores rurais –, também estão sendo avaliadas diferentes densidades populacionais para cultivo, bem como a implantação de cacau com plantas nativas, visando atender economicamente áreas de Reserva Legal.

Avaliação é de que a visita foi muito produtiva

Ao encerrar a visita, Grassi se mostrou otimista com o desenvolvimento do Projeto, que a cada dia desperta mais interesse. “Atualmente, nosso estado não figura entre os produtores de cacau no Brasil. Mas agora, decorridos seis anos de início desse Projeto, podemos dizer que o trabalho dos nossos extensionistas, alicerçado pelo apoio dos pesquisadores da Ceplac, está abrindo uma janela de plantio concreta no noroeste paulista”, explica Grassi, que visitou a área de mil metros quadrados instalada na Etec, com o assessor técnico da Coordenadoria, Jairo Tcatchenco. “Depois de tudo que vimos, apoiaremos ainda mais as ações do Grupo Técnico, para que este Projeto seja otimizado e se desenvolva ainda mais, pois, com certeza, é um exemplo importante do nosso compromisso como órgão de extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a qual tem entre as premissas de trabalho, a integração de seus diversos órgãos e ações consistentes para tornar o agro paulista ainda mais inovador e sustentável”.

E a avaliação do coordenador encontra respaldo nos resultados obtidos até o momento. Ao longo de quase seis anos de execução, os membros do grupo técnico do Projeto informam que foram realizados diversos eventos, como palestras, workshops, Dias de Campo, visitas técnicas e outros, os quais permitiram transferir informações e conhecimento sobre o cultivo de cacau para cerca de 900 pessoas, entre produtores, estudantes e profissionais da área agronômica. “Esse trabalho tem repercutido positivamente na região, gerando uma demanda por parte de produtores interessados em implantar projetos comerciais e áreas-piloto em vários municípios da região, como José Bonifácio, Mirassol, Bady Bassit, Adolfo, Macaubal, Mirandópolis, Olímpia, Tabapuã, Novais, Palmares Paulista, Mirassolândia, Tanabi; e de outras regiões, como Alvares Florence (CATI/CDRS Regional Votuporanga), Mirandópolis (CATI/CDRS Regional Andradina), Tupã (CATI/CDRS Regional Tupã), Adamantina (CATI/CDRS Regional Dracena), o que mostra que ele está ganhando uma dimensão maior. E esse interesse dos produtores tem se concretizado em números: em 2014, a área plantada com cacau na região era de cerca 10 hectares; em 2021, contabilizamos quase 200 hectares cultivados com a cultura”, explica Fioravante.

Diante desse cenário, Andrey avalia que o cacau está se tornando uma alternativa de grande potencial. “Além das questões relacionadas à sustentabilidade social e ambiental, o consórcio tem se mostrado uma fonte atrativa de renda, pois incrementa, e muito, o valor obtido pelo cultivo isolado da seringueira”, ressalta, elencando outros motivos para consolidar o noroeste paulista como região produtora de cacau, os quais se baseiam em seu perfil:

• possui produtores com vocação e solos de qualidade;
• possui clima adequado, com característica de Zona de Escape das doenças do cacau, pelo histórico de cultivo em pesquisas do IAC, da década de 1970;
• capilaridade de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) promovida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento;
• tem boa infraestrutura e logística (estradas) e indústrias de alimentação;
• possui um grande mercado consumidor (46 milhões de habitantes no Estado de São Paulo).

Por Cleusa Pinheiro (cleusa.pinheiro@sp.gov.br) Jornalista – Centro de Comunicação Rural (Cecor/CATI/CDRS/SAA)

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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