Brasília (22/07/2021) – A Aliança Agroeconômica, formada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), divulgou o relatório do 2º trimestre de 2021.
O grupo, responsável em desenvolver ações de pesquisas e estudos na região Centro-Oeste do país, se reuniu na terça, por videoconferência, cumprindo todos os protocolos de segurança e prevenção à Covid-19.
O relatório traz como destaque os resultados do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021 e os novos valores do PAP 2021/2022. Na safra 2020/2021, o Centro-Oeste registrou 28,2% de participação nacional nas contratações de crédito rural, sendo Mato Grosso o maior demandante de recursos. Para o PAP 2021/2022, foram anunciados R$ 251,2 bilhões para uso dos produtores, alta de 6,3% ante a safra anterior.
Milho – O relatório trouxe ainda as novas estimativas para o milho na safra 2020/2021. O atraso na semeadura de milho fez com que parte das áreas fosse semeada fora da janela de cultivo do cereal. A falta de chuva afetou, sobretudo, as fases de floração e enchimento de grãos, resultando em menor produtividade.
Em Mato Grosso, a estimativa é de baixa de 13,96% nos rendimentos na safra 2020/2021, na comparação com a safra 2019/2020. A perspectiva de colheita é de 93,8 sc/ha e a produção prevista é de 32 milhões de toneladas, diminuição de 9,72% em relação ao mesmo período. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, a redução na produtividade pode ser ainda mais intensa, com perda de 26,45% e 25,33%, respectivamente, frete ao ciclo 2019/2020.
A estimativa é que os três estados produzam juntos, na safra 2020/2021, 47,35 milhões de toneladas de milho, queda de 15,64% ante a projeção anterior, e de 19,31% quando comparado com a safra 2019/2020.
Cana-de-açúcar – O clima seco atinge os canaviais brasileiros desde junho de 2020. Na região Centro-Oeste, por exemplo, houve uma redução de 1,6% na oferta de matéria-prima ante a safra anterior de cana-de-açúcar, totalizando 137,5 milhões de toneladas.
Boi gordo – O cenário futuro para a arroba do boi gordo aponta uma desvalorização, interrompendo uma trajetória de seguidas valorizações. Para dezembro deste ano, a estimativa é de que a arroba seja precificada em R$ 322,70.
O relatório traz ainda estatísticas, custos de produção das principais cadeias, informações sobre mercado interno e externo entre outros.
Acesso o Relatório da Aliança Agroeconômica
Fonte: CNA