Definitivamente, a inflação dos alimentos não é exclusividade brasileira. Segundo a FAO, em maio passado seu Índice de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) chegou aos 127,1 pontos, resultado que significou aumento anual de, praticamente, 40%. Mas o que chama mais a atenção é o fato de ter-se registrado em maio o mais elevado nível de preços desde o final de 2011 (130 pontos em setembro de 2011).
O aumento de abril para maio ficou próximo de 5%, correspondendo à maior variação mensal registrada nos últimos 128 meses, ou seja, desde outubro de 2010. Notar, de toda forma, que em maio de 2020, devido à pandemia, o FFPI retrocedeu ao menor valor dos últimos cinco anos. Porém, de lá para cá, seu aumento tem sido contínuo e o resultado alcançado em maio último marca o 12º mês consecutivo de alta dos preços.
As carnes, porém, são o alimento com menor influência nessa alta. Em relação ao mesmo mês do ano passado registraram evolução de apenas 10%, bem aquém dos aumentos de 28% dos laticínios, de 36% dos cereais, de 57% do açúcar e de quase 125% das gorduras vegetais.
Em termos mensais (isto é, de abril para maio), as carnes (com 2,21% de aumento) só superam os laticínios (aumento de 1,45%), mas continuaram bem abaixo dos cereais (+6,02%), do açúcar (+6,76%) e das gorduras vegetais (+7,81%).
Fonte: AviSite