Considerado o volume total exportado no primeiro quadrimestre de 2021 não houve mudança significativa no ranking dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira, exceto pela saída do Kuwait e de Singapura, ocupantes – no mesmo período do ano passado – da sétima e da décima posições.
Neste ano, encerrado o primeiro quadrimestre, Singapura recuou para a 11ª posição. Não tanto porque tenha reduzido suas importações (queda de 4,69% em relação mesmo período de 2020), mas sobretudo pela entrada, na 7ª posição do ranking, das Filipinas, cujas importações aumentaram 47%.
Mais expressiva, no entanto, é a perda de posições do Kuwait, até pouco tempo, como os demais países do Oriente Médio, grande importador da carne de frango brasileira. Pois o Kuwait, que há um ano se colocava entre os 10 principais importadores do produto, neste ano reduziu suas compras em mais de 37%, daí ter recuado para a 16ª posição, ficando atrás de países como Singapura, Reino Unido, Rússia e Chile.
Mas as preocupações do setor com as exportações direcionadas ao Oriente Médio não se resumem ao Kuwait. Bem maiores, são os temores e as expectativas em torno daquele que é considerado o mais tradicional importador da carne de frango brasileira: o Reino da Arábia Saudita.
Segundo lugar nos últimos anos (perdeu a posição de líder para a China), a Arábia Saudita suspendeu a habilitação da maior parte dos abatedouros brasileiros que atendiam aquele mercado. E a medida entrou em vigor no último domingo, 23 de maio.
Isso mantém o setor em estado de alerta, porquanto no primeiro quadrimestre a Arábia Saudita respondeu por quase 10% do volume exportado e por cerca de 18,5% da receita auferida pelo produto. Os primeiros efeitos desse embargo serão conhecidos na próxima semana, quando forem divulgados os resultados das exportações de maio corrente.
Fonte: AviSite