Como era esperado, a média diária dos embarques de carne de frango in natura das duas primeiras semanas de maio sofreu significativa redução em relação ao que foi registrado na semana inicial do mês, quando foi registrado resultado excepcionalmente elevado. Mas a queda parece ter sido mais sensível que o imaginado.

Em outras palavras, se na primeira semana de maio (cinco dias úteis) foi registrada média diária de 22.763 toneladas, agora (10 dias úteis) essa média recuou para 18.658 toneladas – redução de 18%.

À primeira vista, isso não influencia os bons resultados esperados para o mês, pois, projetada para a totalidade do período (21 dias úteis), a mais recente média diária sinaliza embarques totais superiores a 390 mil toneladas, cerca de 5% a mais que as 372 mil toneladas de maio de 2020.

O problema se revela ao comparar-se os volumes semanais exportados nesta primeira metade de maio. Ao todo, conforme a SECEX/ME, foram pouco mais de 186.581 toneladas. E como, nos cinco dias úteis anteriores, o total exportado somou 113.814 toneladas, conclui-se que o volume embarcado na semana passada foi de 72.767 toneladas – média diária de apenas 14.553 toneladas, mais de um terço a menos que o registrado na primeira semana de maio.

Não que essa diferença expressiva de uma semana para outra seja ocorrência inédita. E quando acontece, ela tem sido pontual. Geralmente, é seguida de expressiva recuperação. Mas, nas circunstâncias presentes (embargo à maioria dos abatedouros habilitados pelo segundo maior importador da carne de frango brasileira), fica a preocupação: as exportações de maio podem ficar aquém do que vem sendo projetado.

Fonte: AviSite