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Marfrig reverte prejuízo e lucra R$ 279 milhões no 1º tri

A Marfrig teve um lucro líquido de R$ 279 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo um prejuízo de R$ 137 milhões registrado no mesmo período do ano passado, informou a empresa no fim da tarde de terça-feira (11).

A receita líquida subiu 27,7% para R$ 17,2 bilhões, com crescimentos em ambos os negócios na América do Norte e América do Sul.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado fechou em R$ 1,7 bilhão, alta de 39,7% na comparação anual.

A Marfrig disse que os efeitos da pandemia do novo coronavírus impactaram de maneiras distintas a dinâmica dos negócios de carne bovina nas diferentes regiões.

Nos Estados Unidos, o ritmo acelerado de vacinação e o robusto pacote de estímulo econômico mantiveram a demanda doméstica por proteína bovina bem aquecida.

Nas operações da América do Norte, o volume total de vendas da Marfrig somou 508 mil toneladas, alta de 1,3% ano a ano, das quais 429 mil toneladas foram direcionadas para o mercado interno.

Essa unidade de negócios da Marfrig teve receita recorde no período, a US$ 2,3 bilhões, crescimento de 5,9%, devido a altas de 4,1% no preço médio de vendas em dólar para o mercado interno e de 6,8% para o mercado externo.

Já no Brasil e na Argentina, o cenário de demandas domésticas enfraquecidas resultou na queda na produção do setor de proteínas e as exportações continuaram sendo o vetor de rentabilidade. O Uruguai segue tendência descolada de outros países da América do Sul, com aumento de 30% nos abates, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes (Inac) citados pela Marfrig.

O volume de vendas das operações da América do Sul da Marfrig foi de 311 mil toneladas no primeiro trimestre, queda de 8,7% ante o mesmo período do ano passado.

“A diminuição é explicada pela queda de 15,7% nas vendas destinadas ao mercado doméstico, devido ao agravamento da pandemia de coronavírus, à deterioração econômica nos mercados locais e à priorização das exportações, com preço mais atrativo vis-à-vis o aumento dos custos de aquisição de matéria-prima”, disse a empresa.

A receita líquida da Operação América do Sul teve alta de 21,4% para R$ 4,57 bilhões. Esse aumento é justificado pelas altas de 5,7% no volume e 17,6% nos preços de exportações, aumento de 39,2% no preço médio no mercado doméstico, crescimento da participação de industrializados na receita da companhia para 16% ante 11%, e pela desvalorização de 22,8% do real ante o dólar.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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