A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reitera sua confiança no Governo Brasileiro e dará suporte setorial para a construção de uma solução que equalize os problemas recentes estabelecidos no comércio de carne de frango com a Arábia Saudita. Ao mesmo tempo, reforça o respeito das empresas brasileiras a todos os critérios técnicos impostos por todas as 150 nações importadoras do produto brasileiro, o que garante a alta qualidade dos produtos – o que é reconhecido mundialmente.
Entre nações-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) como é o caso do Brasil e do Reino da Arábia Saudita, não é aceitável a imposição de barreiras sanitárias sem as devidas comprovações técnicas – conforme preconizam o Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e o Acordo de Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT). Em comunicação oficial recebida pela ABPA, por meio do Ministério das Relações Exteriores, até o presente momento não houve envio, por parte das autoridades sauditas, de qualquer relatório com informações que fundamentam minimamente a suspensão das 11 plantas – como lotes envolvidos e outros pontos.
Ao mesmo tempo, a redução do shelf life (ou validade de um produto a partir de sua data de fabricação) para três meses, sem critérios técnicos claros e longe da prática do mercado internacional, sugere uma decisão com potencial cunho protecionista. Esta é uma situação que alcança todos os produtores e exportadores de carne de frango globalmente, e está sendo abordada no âmbito do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em Inglês) para a construção de uma linha de reação unificada.
A Arábia Saudita é um dos mais longevos mercados importadores de carne de frango do Brasil, para onde partiram os primeiros carregamentos do setor, em 1975. Apenas neste século (a partir de 2001), foram embarcadas, aproximadamente, 10 milhões de toneladas de produtos avícolas. Uma sólida e duradoura relação de confiança foi estabelecida entre as duas nações e, durante muitos anos, o mercado saudita ocupou o primeiro posto entre os 150 países importadores de carne de frango do Brasil. Por este motivo e pelo respeito mútuo que consolidamos ao longo de décadas, apoiaremos a construção de uma solução que preserve as boas relações entre as duas nações, ao mesmo tempo, atendendo aos requisitos técnico-sanitários que regem a OMC.
Fonte: ABPA