À luz das informações de mercado de que o alojamento interno de pintos de corte girou em torno de 1,7 milhões de cabeças, o AviSite desenvolveu uma projeção (tabela abaixo) do provável potencial de produção de carne de frango no primeiro semestre do corrente exercício.
Assim, aceitas como premissas (1º) que o volume de cabeças abatidas chegue aos 3,3 bilhões de unidades, aumentando cerca de 6% em relação ao primeiro semestre de 2020 (há reprodutoras suficientes para produzir esse volume); e, (2º) que o peso médio nesses abates permaneça igual ao do ano passado (2,295 kg/cabeça, 0,25% a mais que o registrado no 1º semestre de 2020), o potencial de produção de carne de frango do período chega aos 7,6 milhões de toneladas, perto de 6,3% a mais que o potencial estimado para o mesmo período de 2020.
Tal produção é, não há dúvida, condizente com o alojamento anterior de matrizes de corte que, conforme dados da ABPA, aumentou mais de 7% no ano passado. Mesmo assim, o índice de expansão previsto para a carne de frango assusta, pois torna-se elevado frente às perspectivas de demanda interna e externa.
Aqui, porém, é fundamental observar que grande parte do aumento ora previsto decorre dos baixos volumes registrados no primeiro semestre de 2020 (especialmente no 2º trimestre), ocasião em que, com o surgimento da pandemia, todos os segmentos da avicultura foram forçados a reduzir significativamente a produção.
Por outro lado, é mais importante ainda entender que se está falando de potencial, ou seja, da capacidade instalada, não do que vem sendo efetivamente produzido.
Essa esclarecimento é necessário porquanto – frente às dificuldades enfrentadas com os elevados custos – parte do setor vem sendo forçada a reduzir a produção. Em decorrência, é praticamente certo que o volume efetivo do corrente semestre será bem menor que o apontado pelo potencial instalado.
Fonte: AviSite