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JBS lança plataforma blockchain para ampliar monitoramento de fornecedores

A JBS iniciou em abril o cadastro de produtores de gado por meio de uma ferramenta que usa blockchain e que permitirá ampliar o monitoramento de fornecedores indiretos de animais, disse a empresa em comunicado na terça-feira (27). 

O cadastro de produtores na Plataforma Pecuária Transparente é parte do esforço da JBS anunciado em setembro do ano passado para monitorar 100% dos seus fornecedores diretos e indiretos até 2025, evitando compra de animais produzidos irregularmente. 

A adesão ao cadastro é voluntária, mas todos os fornecedores interessados em negociar com a JBS deverão fazer adesão ao programa até o fim de 2025. A JBS espera que produtores que movimentam cerca de 1 milhão de animais estejam cadastrados na plataforma até o fim deste ano.  

A empresa e outras companhias processadoras de carne bovina brasileiras têm sido pressionadas por investidores, organizações ambientais e sociedade para zerarem a compra de gado criado de forma irregular, evitando o desmatamento da Amazônia e outros biomas.

A JBS disse que já monitora todas as fazendas fornecedoras diretas de bovinos há mais de dez anos, com imagens de satélite que cobrem uma área de 540.000 km² e já possibilitaram a suspensão de 11 mil propriedades irregulares.  

A nova plataforma blockchain, desenvolvida pela empresa Ecotrace, permitirá ampliar o monitoramento para toda a cadeia de produção. 

O produtor que negocia animais diretamente com a JBS deverá informar a lista de seus fornecedores na plataforma, que é aberta e permitirá que outras empresas façam uso do sistema. 

Os dados coletados na plataforma serão enviados eletronicamente para validação da Agri Trace Rastreabilidade Animal, sistema da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que verificará se a lista de fornecedores está completa.

Empresas credenciadas na plataforma processarão a análise de conformidade socioambiental para verificar se os produtores praticaram desmatamento ilegal, invasão de terras indígenas ou de unidades de conservação ambiental, trabalho análogo à escravidão ou uso de áreas embargadas pelo Ibama.

“O resultado dessas análises será enviado diretamente ao fornecedor (direto) da JBS, que, pela primeira vez, terá visibilidade da conformidade socioambiental de toda a sua cadeia de fornecimento”, disse a empresa. 

A JBS disse que não terá acesso ao que chamou de “informações sensíveis”, mas apenas à análise consolidada de seus fornecedores.

“O monitoramento de toda a cadeia de fornecimento de carne bovina é uma tarefa complexa e um desafio para todo o setor”, disse Renato Costa, presidente da Friboi, unidade produtora de carne bovina da JBS. 

Segundo ele, a Plataforma Pecuária Transparente irá contribuir para a visibilidade da indústria em relação à preservação do Bioma Amazônia e com o desenvolvimento de uma pecuária cada vez mais sustentável.  

A JBS disse que também instalou 13 escritórios verdes em unidades de processamento de carne bovina no Brasil visando ajudar os fornecedores dos fornecedores a regularizar sua situação ambiental.

(Notícia publicada neste portal na quarta-feira, dia 28, na seção “Último Momento” e reeditada hoje para a seção “Notícias da Indústria”)

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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