Crédito imagem: Castor Becker Jr
Prazo vai até 1º de junho e premiação vai de R$ 3 mil a R$ 1 mil para três melhores pesquisas, além da Menção Honrosa, sobre aplicações aéreas com aeronaves ou drones, manutenção, segurança e processos
Pesquisadores de universidades de todo o País podem inscrever seus trabalhos até o dia 1º de junho para o 2º Congresso Científico da Aviação Agrícola. Este ano, a premiação será de R$ 3 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro, além da Menção Honrosa para o destaque em Inovação. Os trabalhos premiados também serão publicados na revista Aviação Agrícola (ISSN 2675-3928).
A promoção é do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). Os trabalhos vencedores serão anunciados durante a programação via web do Congresso Nacional da Aviação Agrícola do Brasil e XXIX Congresso Mercosul e Latino-Americano de Aviação Agrícola, marcada para 20 a 22 de julho.
As normas de participação, templates para apresentação dos trabalhos, forma de envio e outras informações podem ser conferidas no endereço eletrônico www.sindag.org.br/projetos_sindag/congresso-cientifico.
Conforme o coordenador do Congresso Científico, Maurício Paulo Batistella Pasini, este ano os trabalhos deverão estar focados em pelo menos um dos cinco temas:
• Viabilidade econômica do avião
• Viabilidade econômica do drone
• Tecnologia de aplicação e redução de deriva
• Manutenção preventiva
• Melhoria de processos vinculados à Aviação Agrícola
• Inovação na Aviação Agrícola
Doutor em Agronomia e professor da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), no Rio Grande do Sul, Pasini explica que os trabalhos serão avaliados tanto do ponto de vista de critérios acadêmicos e geração de conhecimento científico quanto da viabilidade de sua aplicação prática imediata pelo setor aeroagrícola. “Queremos trazer trabalhos que possam modificar tanto a realidade em campo, com o aprimoramento técnico, além de proporcionar o entendimento da sociedade sobre a aviação agrícola”, destaca. Para isso, o Conselho Científico que avaliará os trabalhos é composto por doutores em Agronomia e Veterinária, além dos presidentes do Sindag e Ibravag.
O Congresso Científico teve sua primeira edição em 2019, durante o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil em Sertãozinho, no interior paulista. Na época, o objetivo foi identificar a produção acadêmica sobre o setor aeroagrícola e os principais gargalos do setor para aprimorar o trabalho em campo e para derrubar mitos. A partir daí, foi traçado um plano para o fomento de pesquisas sobre precisão nas aplicações de produtos nas lavouras, além de eficiência econômica e segurança ambiental.
SETOR
O Brasil tem a segunda maior frota aeroagrícola do País, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o último relatório do Sindag, com base nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o País começou 2021 com 2.352 aeronaves em campo – crescimento de 3,16% do setor em 2020. Além do trato de lavouras (aplicação de defensivos químicos e biológicos, fertilizantes e semeadura), a aviação também realiza operações de combate a incêndios florestais em lavouras e áreas de preservação ambiental.
Para completar, a aviação é a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação própria, que exige, por exemplo, presença de agrônomos e técnicos com especialização nas atividades de campo, além do piloto com formação específica para a tarefa. Sem falar na instalação de pátio de descontaminação com sistema de tratamento de efluentes – para lavagem das aeronaves – e exigências como relatórios completos de cada operação, com mapa da aplicação, indicação de produtos, condições meteorológicas e outros dados, mais a assinatura dos profissionais técnicos envolvidos na missão.
Além disso, os mesmos produtos aplicados por aeronaves serem usados também por equipamentos terrestres (tratores e pulverizadores costais, por exemplo) e com os mesmos riscos. Para completar, a aviação possuir uma das mais avançadas tecnologias embarcadas, garantindo altas eficiência e produtividade em campo.
Fonte: SINDAG