A safra 2020/21 de soja estava 85% colhida no Brasil até quinta-feira (08), de acordo com levantamento da AgRural. O número representa avanço de sete pontos percentuais em uma semana e supera ligeiramente os 84% da média de cinco anos, mas ainda é inferior aos 89% de um ano atrás.
Os trabalhos estão virtualmente encerrados nos três estados do Centro-Oeste e em Rondônia, e avançam sobre os talhões finais do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, ainda há atraso em relação a anos anteriores. Mas, com tempo seco nos radares, as colheitadeiras devem ganhar grande impulso nesta semana.
No fim de março, a AgRural estimou a produção brasileira de soja em 133 milhões de toneladas. O número será revisado novamente na segunda quinzena de abril.
Milho no limite da umidade em parte do Centro-Sul do Brasil
Com a colheita da soja já entrando na reta final, a preocupação dos produtores agora é com a safrinha 2021 de milho. O bolsão de tempo seco e quente que se formou no fim de março sobre parte do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo persistiu na primeira semana cheia de abril. Com isso, lavouras semeadas em áreas mais arenosas ou que receberam menores volumes de chuva nas últimas semanas enfrentam estresse hídrico. Há problemas tanto em áreas já entrando em reprodutivo como em áreas semeadas mais tarde, ainda em vegetativo, e parte dos produtores já fala em perda de potencial produtivo.
Cenário menos complicado, mas com produtores em alerta
A situação é menos complicada em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde tem chovido um pouco melhor. Mesmo assim, a apreensão entre os produtores é grande em todo o Centro-Sul.
No fim de março, a AgRural reduziu sua estimativa de produção de milho na safrinha 2021 para 80,1 milhões de toneladas devido a ajustes para baixo nas linhas de tendência de produtividade. Os números serão revisados na segunda quinzena de abril e, persistindo o padrão mais seco e quente, novos cortes poderão ser feitos.
Fonte: AgRural