Ontem (11), o AviSite comentou que em fevereiro passado o frango inteiro exportado obteve preço médio superior ao dos cortes, ocorrência que é rara no setor (vide Frango inteiro continua propiciando a melhor resposta nas exportações de carne de frango).
Pois feita uma retrospectiva nos últimos cinco anos – março de 2016 a fevereiro de 2021 – constata-se que nos 60 meses desde então decorridos tal fato foi observado anteriormente em apenas uma ocasião: no mês de junho de 2016, ocasião em que o preço médio dos cortes ficou quase 1,5% abaixo do alcançado pelo frango inteiro.
Nesses cinco anos, os cortes de frango registraram, em média, valor cerca de 16% superior ao da ave inteira. A maior diferença ocorreu em maio de 2019, quando o ganho foi de pouco mais de 34%.
É interessante notar que o diferencial registrado em fevereiro passado foi maior que o de junho de 2016, pois o preço médio apontado pela SECEX/ME para os cortes ficou 2,5% abaixo do indicado para o frango inteiro.
Mesmo assim, é oportuno ressaltar que essa queda não pode ser levada ao pé da letra. É que o item classificado como “cortes de frango” é composto por um mix variado de partes da ave, com maior ou menor valor agregado.
De toda forma, fica a preocupação com a possível desvalorização desse item, pois nos últimos seis meses o valor médio alcançado pelos cortes ficou apenas 6,5% acima do obtido pelo frango inteiro.
Fonte: AviSite