SÃO PAULO (Reuters) – A colheita da safra 2020/21 de soja do Brasil avançou “relativamente bem” na semana passada, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira, estimando que 9% da área no país estava colhida até a última quinta-feira.
Em uma semana, houve um aumento de cinco pontos percentuais na colheita, mas ela segue bem atrasada ante a safra anterior e a média histórica para o período.
“Mesmo assim, a colheita ainda não alcança nem a metade dos 20% da média de cinco anos”, disse a AgRural em nota.
O ritmo é puxado por Mato Grosso, onde os produtores aceleraram os trabalhos na semana passada, amparados pelo tempo mais seco e apressados pela previsão de grandes volumes de chuva para a segunda quinzena de fevereiro, apontou a consultoria.
“O avanço só não foi maior porque, devido ao atraso no plantio e ao alongamento do ciclo das lavouras, poucas áreas já estavam prontas para as colheitadeiras –cenário que se repete em vários Estados, incluindo Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul”, disse.
Segundo a AgRural, a expectativa para a segunda quinzena de fevereiro é de que a colheita ganhe impulso –“desde que, claro, as chuvas permitam”.
O Brasil terminou janeiro com um percentual ínfimo de colheita, após um atraso inicial no plantio e chuvas recentes, o que preocupou aqueles com programação de embarques. Mas grandes volumes são esperados para fevereiro.
Em janeiro, a AgRural estimou a produção de soja na safra 2020/21 do Brasil em recorde de 131,7 milhões de toneladas.
Com a colheita da soja ainda sem engrenar, o plantio da segunda safra de milho de milho também segue mais lento do que o normal.
Até quinta-feira, 11% da área prevista para o centro-sul do Brasil estava semeada, contra 31% na média de cinco anos.
Por Roberto Samora
Fonte: Reuters