Os preços do açúcar fecharam em baixa na última sexta-feira (22) nas bolsas internacionais, afastando-se mais da máxima de três anos e meio atingida na semana anterior, segundo apuraram analistas ouvidos pela Agência Reuters. A principal causa para a baixa foi uma aversão dos fundos aos riscos nos mercados financeiros de forma geral.
Em Nova York, o açúcar bruto foi comercializado na sexta-feira, no vencimento março/21, em 15,87 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 18 pontos no comparativo com os preços praticados na véspera. Já a tela para maio/21 caiu 21 pontos, negociada em 15,08 cts/lb. As demais telas recuaram entre 14 e 17 pontos.
Segundo a Reuters, “operadores disseram que um rali guiado por fundos perdeu força, mas que é improvável que haja um colapso nos preços, já que os fundos estão ansiosos para retomar as compras e a queda na cotação pode estimular buscas por barganhas entre os consumidores finais”.
“Parece improvável que os preços do açúcar tenham um rali de volta às máximas, especialmente porque os fundos precisarão se concentrar na rolagem de suas posições no primeiro contrato em breve”, disse um operador europeu aos repórteres da Reuters, acrescentando que as atenções vão se voltar para o vencimento do contrato março e se uma grande entrega acontecerá.
Londres
Em Londres, o açúcar branco também fechou no vermelho em todos os lotes. A tela para março/21 foi comercializada em US$ 444,80 a tonelada, baixa de 5,50 dólares no comparativo com os preços da véspera. Já o vencimento maio/21 caiu 6,50 dólares, negociado em US$ 429,80 a tonelada. Os demais contratos recuaram entre 3,90 e 5,40 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal foi negociado na última sexta-feira (22) em R$ 107,64 a saca de 50 quilos, contra R$ 107,37 da véspera, pequena variação positiva de 0,25% no comparativo entre as datas, pelo indicador Cepea/Esalq, da USP.
Por Rogério Mian
Fonte: UDOP