Christophe Druart é originário da região das Ardenas, no noroeste francês, e teve seu relato publicado na edição de sexta-feira do jornal L’Union, com resumo em vídeo
O relato do piloto agrícola Christophe Druart sobre o trabalho na missão da ONU para o combate a gafanhotos na Etiópia foi destaque nessa sexta-feira (15), no jornal francês L’Union. Originário da região das Ardenas, no noroeste da França (divisa com Bélgica e Luxemburgo), Druart integrou até o início deste mês a equipe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) que atua desde o início do ano passado no leste da África.
Embora a matéria seja acessível só para assinantes, seu resumo pode ser conferido no VÍDEO ABAIXO
Há cerca de um ano, os gafanhotos voltam a invadir a região do chifre africano (que abrange Etiópia, Somália e Quênia), só que, desta vez, na pior praga em mais de 25 anos na região, com um enorme risco de fome. Em resposta, a ONU enviou pilotos para combater as nuvens de inseto ainda no
solo. Entre eles, estava Druart, que fez imagens mostrando as machas de destruição provocadas pelos insetos, que destroem áreas enormes de plantações em apenas algumas horas.
O vídeo mostra também fotos das nuvens avistadas e combatidas já em voo e se chocando contra o para-brisa do avião (prejudicando a própria visibilidade dos pilotos). Segundo conta o francês, o combate é feito com inseticidas aplicados na taxa de 1 litro por hectare.
Mesmo assim, a voracidade dos insetos por folhas verdes segue transformando a paisagem, com a vegetação praticamente devastada em diversos locais. Segundo Druart, para as populações assustadas, os aviões são a única ajuda capaz de enfrentar o problema.
REINFESTAÇÃO
Segundo a ONU, as ações no leste da África em 2020 evitaram a perda de 2,7 milhões de cereais neste início de ano. Quantidade suficiente para alimentar 18 milhões de pessoas por um ano no continente.
Porém, novas nuvens começaram a ser formar no final do ano passado, após a passagem do ciclone Gati pela Etiópia e Somália, em novembro. A invasão agora está ocorrendo pelo nordeste do Quênia e pode se espalhar novamente pela região.
Fonte: SINDAG