Foto: Claudio Correia/Jornal Campo Aberto
A demanda por fretes rodoviários no agronegócio do Brasil acumulou alta de 9,5% entre janeiro e setembro ante igual período do ano anterior, indicou nesta quarta-feira o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR).
Considerando apenas o mês de setembro, a demanda foi 4,6% superior à de mesma etapa de 2019, acrescentou a Repom, marca que atua em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil.
O agronegócio tem sido um dos setores com menor impacto em meio à pandemia de Covid-19, apoiado por fatores como a firme demanda por exportações, especialmente da China, e a desvalorização do real frente ao dólar, que aumenta a competitividade de produtos agrícolas brasileiros no mercado externo.
Os resultados também acompanham a safra abundante de grãos do país em 2019/20, estimada pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em 257,7 milhões de toneladas.
No mês passado, ao divulgar o IFPR, a Repom já havia destacado que, ao contrário de outros setores, o agronegócio evitou a depressão econômica nos meses de abril e maio, que marcaram o auge das medidas restritivas, e registrou um pico de movimento no período.
Nesta quarta, a Repom destacou ainda que os resultados do agronegócio superam indústria e varejo, mas que a retomada das atividades econômicas no Brasil tem dado suporte também a estes –de acordo com o IFPR, a demanda por fretes no segmento de indústria e varejo teve alta de 8,4% nos nove primeiros meses do ano e de 19,9% em setembro.
“O ritmo positivo bastante expressivo da indústria e do varejo confirma que a depressão no setor foi superada. A taxa de ritmo diário de setembro superou em 25% o período pré-pandemia e comparativamente ao mês de abril, o pior mês do ano em emissões, a recuperação foi de 40 pontos percentuais”, disse em nota o head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil, Thomas Gautier.
Em comunicado, a Repom acrescentou que a expectativa é que o ritmo continue em outubro, “período bastante relevante em termos de movimentação de cargas rodoviárias”.
Fonte: Reuters