Completados dois terços de 2020, as exportações de carne de frango efetuadas pelos três estados da Região Sul – Paraná à frente, isolado, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul – respondem por cerca de 80% do total registrado pelo País. Em volume e em receita cambial.
O curioso, neste caso, é que essa participação é pelo menos 5% inferior à alcançada no mesmo período de 2019. Como curioso, também, é o fato de, até aqui, o Sul ser a única Região a registrar redução (de volume e de receita) em relação aos mesmos oito meses de 2019.
As aparentes curiosidades têm origem nos parâmetros adotados pela SECEX/ME em boa parte de 2019: em vez de classificar os embarques pela Unidade Federativa de origem, levou em consideração o estado-sede das grandes exportadoras (no caso, Santa Catarina).
Os maiores efeitos dessa equivocada parametrização são observados agora, em 2020. Por exemplo, queda de quase 30% no volume embarcado pelos catarinenses e aumento de mais de 50% nas exportações de Goiás. Isto, em momento em que as exportações brasileiras permanecem praticamente estáveis (queda de apenas 0,05% em relação a janeiro-agosto de 2019).
Em suma, a despeito das variações publicadas, é melhor – sobretudo em relação ao Centro-Sul – não levar em conta os aumentos ou reduções observados, pois decorrem somente da adoção de diferentes parâmetros para um mesmo produto.
