Após lançar a Plataforma de Treinamentos On-Line para a capacitação técnica do pequeno e médio agricultor, o Sindiveg segue com o foco em facilitar o acesso às boas práticas agrícolas por meio das 10 Regras de Ouro do Uso Correto e Seguro de Defensivos Agrícolas
Os defensivos agrícolas são essenciais para a agricultura brasileira. O seu uso é necessário para a obtenção de crescentes índices de produtividade e, por meio do seu manejo e uso correto e seguro, é possível aliar esse benefício à: (I) proteção do meio ambiente, pela redução de resíduos dos produtos aplicados nas dosagens aprovadas; (II) garantia da segurança do consumo do alimento, que será produzido respeitando os prazos de máximos de aplicação e nas quantidades indicadas; (III) segurança para o produtor rural e aplicadores, que estarão adequadamente protegidos e expostos a um menor nível de resíduos.
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) tem como pilar a disseminação de informações e capacitação dos agricultores para o uso correto desses indispensáveis insumos, promovendo o sucesso do agronegócio brasileiro.
“Os defensivos agrícolas têm como principal objetivo no manejo da lavoura, a proteção contra os inimigos naturais das culturas, que são os insetos, doenças e as plantas daninhas. Sem esses produtos, se torna inviável produzir alimentos em larga escala para alimentar toda a população, porém por serem produtos especiais requerem cuidados especiais em seu uso. Neste sentido, o Sindiveg está comprometido em promover as boas práticas agrícolas e melhorar cada vez mais o nível de conhecimento no campo para garantir uma agricultura cada vez mais consciente e sustentável.”, afirma o presidente do Sindiveg, Júlio Borges Garcia.
O Sindiveg, com o apoio de suas associadas listou, em um material de rápida leitura e fácil entendimento, as 10 Regras de Ouro para o Uso de Defensivos Agrícolas. Esse material é complementar à plataforma de treinamentos recentemente lançada, que pode ser acessada em treinamentos.sindiveg.org.br.
As recomendações das 10 Regras de Ouro envolvem planejamento, certificação de produtos, transporte correto, proteção individual, aplicação fiel às doses recomendadas pelo engenheiro agrônomo.
São elas:
1. Faça bom planejamento e a compra de acordo com o receituário agronômico
Cada produto é desenvolvido para um fim específico. Por isso, é importante fazer um bom planejamento e diagnóstico da sua lavoura para comprar os defensivos agrícolas corretos, indicados para aquela cultura específica. Sempre consulte um engenheiro agrônomo para recomendação e orientação do uso, por meio de uma receita agronômica.
2. Certifique-se de que o produto está devidamente registrado e recomendado para a cultura de uso
É importante atentar-se ao fato de que algumas pragas e/ou doenças podem afetar diversas culturas. Porém, deve-se aplicar o defensivo somente nas culturas para as quais são registrados e foram testados. Esta informação está na bula. Importante destacar que o Brasil possui um processo rigoroso e criterioso de avaliação e registro, conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para assegurar a eficácia e a segurança dos produtos para as culturas específicas. Respeite o registro.
3. Compre sempre produtos de cooperativas, revendas ou diretamente do fabricante para garantir que são originais
Produtos contrabandeados ou falsificados representam uma grande ameaça e prejudicam a produtividade da lavoura, a rentabilidade dos agricultores, a saúde dos aplicadores, a qualidade do alimento, a economia e a sociedade como um todo. Atenção na compra dos defensivos! Assegure que está adquirindo produtos originais e devidamente registrados no Brasil e liberados pelos órgãos reguladores.
4. Transporte e armazene os defensivos sempre de forma segura e correta
Defensivos agrícolas requerem cuidados especiais. Os produtos devem ser sempre transportados na caçamba, seja de caminhonete ou caminhão, e nunca junto com pessoas, animais ou alimentos. Os produtos devem ser armazenados sempre em depósito feito de alvenaria, separado de outras construções, como residências ou instalações para animais. As portas devem estar sempre trancadas e com identificação.
5. Proteja-se corretamente, utilizando sempre todos os EPIs de forma correta
O uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é essencial para a segurança das pessoas responsáveis pelo manuseio e aplicação dos defensivos. É essencial utilizar todos os EPIs necessários: calça, jaleco, botas impermeáveis, respirador ou máscara, viseira, touca árabe e luvas. Siga com as instruções de uso, higienização e descarte dos EPIs.
6. Use apenas a quantidade recomendada de defensivos e de forma correta
Use apenas a quantidade necessária de defensivos para assegurar o desempenho do produto e a segurança dos aplicadores, do meio ambiente e da qualidade do alimento. Produto em excesso não significa melhor controle de pragas, doenças e ervas daninhas. O uso em quantidades incorretas pode causar prejuízos financeiros, intoxicação ou vulnerabilidade da planta, riscos aos aplicadores e ao meio ambiente, além de poder tornar o alimento impróprio para consumo. Siga sempre as recomendações da bula do fabricante e de um engenheiro agrônomo.
7. Cuidados no preparo da calda
O preparo da calda é essencial para assegurar a eficácia e segurança dos defensivos que serão aplicados. Consulte sempre um engenheiro agrônomo para recomendar a compatibilidade entre os produtos que serão misturados, além da necessidade da utilização de aditivos, adjuvantes e outras ferramentas que garantirão a correta aplicação e resultado da aplicação. Antes de preparar a calda é fundamental estar vestido com todos os EPIs necessários.
8. Regule corretamente o equipamento de aplicação e os mantenha sempre bem conservados
A regulagem e a calibragem correta dos equipamentos de pulverização são fundamentais para assegurar a quantidade adequada e o desempenho dos produtos. Máquinas bem reguladas e calibradas garantem que os defensivos chegam à planta e ao alvo na quantidade correta, evitando desperdícios que prejudicam não apenas a produtividade, mas também o meio ambiente e os alimentos. Faça revisões e manutenções periódicas nos equipamentos e siga sempre as instruções de uso e manutenção do fabricante.
9. Respeite sempre os momentos corretos de aplicação e os intervalos de segurança até a colheita
Cada produto tem o momento ideal para ser aplicado de acordo com a fase de desenvolvimento da cultura. Para a melhor performance do produto, é fundamental a aplicação no momento correto, indicado pelo fabricante. Além disso, para assegurar que o alimento colhido não tenha resíduos acima do limite máximo permitido por lei, podendo prejudicar o consumidor final, respeite sempre o número de dias entre a última aplicação e a colheita, conforme indicado na bula do produto.
10. Descarte corretamente as embalagens
Os cuidados necessários com o uso dos defensivos vão até o final da sua utilização, inclusive no descarte correto das embalagens. Siga todas as instruções e etapas necessárias: lavagem, armazenamento, agendamento e entrega na unidade de recebimento. O programa brasileiro de logística reversa (Sistema Campo Limpo gerido pelo inpEV) é referência mundial no recebimento e processamento de embalagens vazias. Atualmente, 94% das embalagens comercializadas têm a destinação correta, porém o setor produtivo está preparado para receber até 100%. Faça sua parte. Coopere e descarte corretamente as embalagens, contribuindo para reforçar ainda mais a reputação positiva do processo de produção agrícola.
Sobre o Sindiveg
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há 79 anos. Reúne 26 associadas, distribuídas pelos diversos Estados do País, o que representa aproximadamente 40% do setor. Com o objetivo de defender, proteger e fomentar o setor, o Sindiveg atua junto aos órgãos governamentais e entidades de classe da indústria e do agronegócio pelo benefício da cadeia nacional de produção de alimentos e matérias-primas. Entre suas principais atribuições estão as relações institucionais, com foco em um marco regulatório previsível, transparente e baseado em ciência, e a representação legitima do setor com base em dados econômicos e informações estatísticas. A entidade também atua em prol do fortalecimento e da valorização da comunicação e da imagem do setor, assim como promove o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas. Para mais informações, acesse www.sindiveg.org.br.
Fonte: Assessoria