No início de setembro, em um exercício de futurologia, o AviSite estimou que, mesmo sem aumentar em relação ao mês anterior, a produção de pintos de corte do mês de julho passado poderia bater novo recorde e ultrapassar os 593 milhões de cabeças.
Bateu perto. Pois, de acordo com os dados divulgados pela APINCO, o segundo semestre de 2020 foi aberto com a produção de 592,5 milhões de pintos de corte, novo recorde do setor e volume 5,35% superior ao registrado em julho de 2019.
Nominalmente, a produção de julho ficou 4,29% acima da registrada no mês anterior, junho de 2020. Mas se considerado o número de dias úteis do mês (22 em junho; 23 em julho), se verá que o aumento é reflexo, apenas, do dia adicional de nascimentos no mês.
O mesmo raciocínio é aplicável ao número de pintos acumulado entre janeiro e julho de 2020 – pouco mais de 3,875 bilhões de cabeças, contra 3,722 bilhões de cabeças no mesmo período de 2019. Isto representa aumento anual de mais de 4%, mas como o ano é bissexto, em valores reais o incremento é de 3,6%.
É interessante observar que no dia de ontem, 10 de setembro, o último pinto de corte alojado em julho completou 42 dias de idade. Ou seja: a esta altura, toda a produção de pintos de corte de julho já foi abatida. Como o produto final vem obtendo boa valorização, a conclusão é a de que, a despeito do recorde no volume, a oferta continua ajustada à demanda.