Foto: JM Alvarenga/Divulgação
Segundo presidente da entidade, criadores precisam otimizar custos mesmo com euforia em relação ao preço pago pelo litro.
Com o preço do litro do leite valorizado, batendo recordes nominais nos mais diversos índices medidos por instituições, o produtor precisa aliar esta euforia com muita cautela. A advertência é do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang. Segundo o dirigente, ainda é preciso pensar nos efeitos causados pela estiagem no início do ano.
Para Tang, é no momento em que os produtores recebem valores mais altos pelo litro do leite é que acabam fazendo investimentos que depois não conseguem cobrir quando há uma nova queda. “O produtor precisa investir com muita cautela. Precisamos dar prioridade a alimentação do nosso gado uma vez que tivemos a estiagem, otimizar as pastagens e ver se não precisamos comprar insumos para substituir esta silagem que foi pouca”, destaca.
O presidente da Gadolando observa que enquanto se pagar mais pelo quilo da ração do que se recebe pelo litro de leite, o produtor está a perigo na propriedade. Segundo dados do Cepea, o preço do leite captado em julho e pago ao produtor em agosto registrou alta de 10,5% frente ao mês anterior, atingindo R$ 1,94 na Média Brasil liquida, novo recorde real da série histórica do estudo. Desde o início de 2020, o preço do leite no campo apresenta alta acumulada real de 42,9% na Média Brasil.
Por Nestor Tipa Júnior
Fonte: AgroEffective