Em que pese estar alcançando, em agosto corrente, a maior cotação nominal de todos os tempos, o frango vivo comercializado no interior paulista vai encerrando os oito primeiros meses de 2020 com o mesmo desempenho observado em sua curva sazonal.
A curva sazonal, neste caso, corresponde ao comportamento do frango vivo nos últimos 25 anos, isto é, desde 1995 até 2019, e tem como parâmetro para cada exercício o preço médio alcançado no ano anterior.
Nesse quarto de século, o frango vivo fechou os primeiros oito meses do ano com um valor médio 2,67% superior à média de preços do ano anterior. Já em 2020 registra, no mesmo período incremento de 2,50%, ou seja, apenas 0,17 ponto percentual a menos que nos 25 anos anteriores.
Em se tratando de momento de pandemia, aparenta ser uma vitória. Mas é, somente, o efeito da crise gerada pela própria pandemia no primeiro semestre quando, sem compradores e vendo os custos subirem assustadoramente, o setor viu-se forçado a reduzir a produção.
Os custos continuaram (continuam) subindo. Mas graças à menor oferta vem sendo possível, nos últimos três meses, recuperar parte do que foi perdido nos cinco primeiros meses do ano.
O desafio, agora, é manter os preços correntes em índices que superem aqueles apontados pela curva sazonal. Algo que implica em manter produção e oferta ajustadas à demanda.