O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,3% em maio sobre abril, a 3,596 trilhões de reais, num movimento inteiramente puxado pelos financiamentos a empresas, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.
Enquanto o estoque de financiamentos às pessoas jurídicas cresceu 0,7% no período, ele ficou estável para famílias.
Nos cinco primeiros meses do ano, a alta do crédito geral no país foi de 3,4% e em 12 meses de 9,3%.
Na véspera, o BC melhorou sua projeção para o crescimento do crédito a 7,6% este ano, ante 4,8% de cálculo feito em março, aumento puxado pelos financiamentos às empresas em função da necessidade de caixa diante da queda nas vendas em meio à pandemia de coronavírus.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 5,8% em 2020, contra expectativa anterior de 7,8%. Para as empresas, a alta foi calculada em 10%, ante 0,6% anteriormente. [nE6N2DM00H]
O BC reconheceu que a expansão do crédito às pessoas jurídicas também vem na esteira dos financiamentos fechados por grandes empresas, que antes da crise estavam optando por captações no exterior e no mercado de capitais doméstico.
Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram a 29,5% ao mês em maio, contra 31,3% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.
Com isso, foram ao menor patamar registrado pelo BC desde dezembro de 2012 (28,9%).
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, caiu a 24,6 pontos no mesmo período, sobre 26,2 pontos no mês anterior.
Por sua vez, a inadimplência em recursos livres ficou estável em 4%.
Fonte: Reuters