Entidade aeroagrícola havia oferecido ajuda aos órgãos governamentais com base em experiências locais da ferramenta e a serviço da ONU na África
O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) participará do esforço para elaboração e uma estratégia para combate a gafanhotos no Sul do País, junto com o Ministério da Agricultura e a Secretaria de Agricultura do RS. A informação foi confirmada há pouco pelo diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, após uma conversa, agora à noite com o titular da Secretaria Estadual, Covatti Filho. O secretário havia conversado pouco antes com a ministra Tereza Cristina, que por sua vez já havia ventilado a intenção à coordenadora de Aviação Agrícola do órgão, Uéllen Colatto.
Ainda a manhã desta terça-feira (23), o sindicato aeroagrícola havia encaminhado ofícios a Covatti e Tereza Cristina. Os documentos alertavam sobre o risco das nuvens de gafanhotos que avançam pela Argentina e ofereciam ajuda da entidade aeroagrícola. A comunicação foi reiterada pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), que apoiou a oferta do Sindag. “A aviação agrícola é considerada mundialmente uma das principais armas no combate a nuvens de gafanhotos”, ressalta Colle.
A ferramenta é utilizada nesse tipo de operação inclusive em ações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na África. Não por acaso, foi determinante para o surgimento do setor no Brasil, em 1947, no Rio Grande do Sul. O primeiro voo agrícola brasileiro foi em 19 de agosto daquele ano, contra gafanhotos que dizimavam lavouras na região de Pelotas.
Hoje, o Rio Grande do Sul tem a segunda maior frota aeroagrícola do Brasil, com 426 aviões. Por sua vez, o Brasil possui a segunda maior e uma das melhores aviações agrícolas do mundo, com 2.280 aeronaves.
Fonte: SINDAG