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Coluna de Diogo Esperante – Retorno gradual em xeque

Olá amigo da seringueira!

TRS segue em tímida recuperação mas com a alta do dólar a projeção GEB-10 segue projetada para leve correção.

Na semana a TSR20 seguiu sua trajetória de leve recuperação fechando o período a USD1,12 o kg do contrato front month em Singapura.

O dólar por sua vez fechou em forte alta terminando o pregão nesta sexta feira a R$5,25.

Esta combinação está levando a referência GEB-10 para JUN e JUL a R$ 6,44 leve correção de -2,66% frente aos atuais R$6,62 válidos agora para Abril e Maio.

Na semana sinalização de retorno a atividades de pneumáticas de pequeno consumo e anuncio de grandes automotivas de que permanecerão fechadas até junho lançam sobra de incerteza sobre mercado.

O retorno de Prometeon e Bridgestone essa semana promete trazer pouco mais de 15% de volume de compras de volta ao mercado, a depender de como passem a ser feitos os agendamentos de cargas daqui por diante.

Ambas as empresas declararam que estão retomando as atividades por demanda de seus clientes, leia-se, linhas de pneus para caminhões e AGRO, setores menos afetados pela COVID-19.

O grosso do volume do mercado consumidor de GEB, ligado ao setor de veículos de passeio, segue apreensivo com a sinalização de importantes industrias automotivas como Toyota, GM e Volks que só retomarão operações em junho.

Assim, as gigantes Goodyear e Pirelli (que juntas representam mais de 40% do consumo de todo GEB-10 produzido no país) seguem com planos mais cautelosos.

No caso da Pirelli, mesmo que retome atividades agora na segunda feira, a redução na taxa de operação e consumo é dado como muito provável segundo agentes do setor.

Já a Goodyear, avisou nesta sexta que, mais uma vez, postergará seu retorno as operações, antes previsto para dia 20, agora para o dia 04.05.

A possibilidade de que, uma vez retomadas as operações, as pneumáticas priorizarem o consumo local em detrimento a importação é dada como muito provável.

Isso devido tanto as dificuldades logísticas impostas sobre as importações como pela volatilidade do câmbio.

Com os pedidos de importação possivelmente já sendo cancelados neste mês, a perspectiva desta demanda adicional viria em junho, coincidindo com a retomada do comercio, ao menos em tese.

Conclusão: os efeitos da recessão econômica global e brasileira no setor de pneus devem mesmo ditar o ritmo da retomada na cadeia produtiva.

Seguimos monitorando.

Diogo Esperante
Diretor Executivo da APABOR

Para o Jornal Campo Aberto

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