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Pesquisa aponta que 25% dos produtores de café realizam colheita mecanizada e 23% com derriçadora acoplada ao corpo

O nível de adoção tecnológica de cafeicultores brasileiros foi aferido por meio de pesquisa da safra cafeeira 2019, a qual foi realizada com cafeicultores dos seis principais estados produtores de café, por ordem decrescente: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná. O referido estudo aplicou questionário presencial e analisou estatisticamente as respostas de 296 cafeicultores sobre o ‘Perfil Fundiário’, ‘Desempenho da Produção e da Qualidade’, ‘Tecnologia de Colheita e Pós-Colheita’ e ‘Comercialização’.

Tendo em vista a proximidade da colheita do café, que deverá se iniciar nas próximas semanas, predominantemente a partir de maio, de acordo com as condições de cada lavoura nas regiões produtoras e a importância dos cuidados nessa etapa da lavoura, vale destacar os resultados da pesquisa sobre os diferentes métodos utilizados pelos cafeicultores participantes. Tais resultados demonstram que 42% dos produtores indicaram que realizam a derriça manual sem equipamento em suas propriedades, 25% realizam a colheita mecanizada, 23% fazem a colheita com equipamentos acoplados ao corpo e 10% dos respondentes fazem a colheita manual seletiva, na qual selecionam frutos cereja. De acordo com o relatório da pesquisa, os resultados foram condizentes com as condições topográficas e fundiárias das regiões dos participantes entrevistados.

Essas informações, além de muitas outras que permitem caracterizar a cafeicultura brasileira, constam do documento ‘Resultados – Pesquisa Cafeeira – Safra de 2019’, o qual foi elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e pelo portal CaféPoint, com base em pesquisa realizada por essas instituições durante a Semana Internacional do Café 2019, dos dias 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte – Minas Gerais. Referido documento está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.  

Assim, com relação às práticas de pós-colheita do café, a referida Pesquisa aponta que o processo de produção de café natural, no qual o café é seco com a casca, é adotado em 85% das propriedades. O processo de produção do café cereja descascado, que inclui o descascamento dos frutos maduros de café logo após a colheita, é adotado por 14% dos respondentes, e, além disso, 1% dos cafeicultores participantes da pesquisa respondeu que, cumulativamente ao processo de produção do café cereja descascado, também executa técnicas de fermentação em tanques.

No que concerne às tecnologias de secagem, os resultados da Pesquisa da CNA/CaféPoint demonstram que os terreiros de cimento ou asfalto são utilizados pelo maior número de cafeicultores, sendo adotados por 42% dos respondentes. Os secadores mecânicos são utilizados por 34% e as camas africanas (terreiro suspenso) são as tecnologias de secagem de 10% dos produtores entrevistados. O terreiro de chão batido (terra) é utilizado por 9% dos cafeicultores e as estufas no chão e suspensas são utilizadas pelo mesmo percentual de respondentes, 2% cada. Por fim, 1% dos participantes declarou que não se responsabiliza pela secagem do café, sendo essa tarefa executada pelo comprador.

Nesse contexto, deve-se esclarecer que a amostra de respondentes que participaram da pesquisa teve 92% de cafeicultores que cultivam café da espécie arábica (Coffea arabica) e 8% de café conilon (Coffea canephora). Com relação aos estados onde estão localizadas suas lavouras, de acordo com as respostas desses cafeicultores, 69% estão em Minas Gerais, 16% no Espírito Santo, 3% em São Paulo, 1% no Paraná, 1% na Bahia, 1% Rondônia e 9% em outros estados. Em termos de tamanho de suas propriedades, 70% dos produtores possuem propriedades com menos de vinte hectares, sendo que 35% têm propriedades com menos de cinco hectares. Propriedades entre 21 e 50 hectares correspondem a 16% da amostra e apenas 14% correspondem a propriedades com mais de 50 hectares.

 Fonte: Embrapa Café

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