Pelas últimas previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2024 as exportações mundiais de carne de frango deverão registrar novo recorde e alcançar os 13,574 milhões de toneladas, volume quase 125% superior ao registrado vinte anos atrás (6,055 milhões de toneladas). Como em 2004, o Brasil mantém a posição de principal exportador mundial, enquanto os EUA permanecem no segundo lugar. Mas um e outro já não detêm a mesma fatia no bolo global.
Foi em 2004 que o Brasil passou a liderar as exportações mundiais de carne de frango. Então, o País exportou pouco mais de 2,4 milhões de toneladas do produto, volume que correspondeu a, praticamente, 40% do total mundial então negociado internacionalmente. Aos EUA couberam 2,170 milhões de toneladas, quase 36% do total, distribuindo-se 1,469 milhão de toneladas entre os demais exportadores, aos quais restaram menos de 25% do total.
Aceitas as previsões do USDA para 2024, o volume exportado pelo Brasil deve mais do que dobrar em relação a 2004 e chegar aos 4,900 milhões de toneladas de produto in natura (102,81% de aumento), volume que mantém o País na liderança das exportações mundiais.
O aumento neste caso, é bem mais significativo que o dos EUA, que também permanece na segunda posição, mas deve exportar o menor volume dos últimos oito anos – perto de 3,060 milhões de toneladas, cerca de 40% mais que o registrado em 2004.
Frente aos números brasileiros e norte-americanos, é fácil concluir que a maior parcela do bolo está reservada para os demais exportadores. Eles devem negociar internacionalmente ao redor de 5,616 milhões de toneladas de carne de frango, volume quase 300% superior ao registrado no início dos anos 2000.
Tais projeções indicam que, mesmo o Brasil mantendo a posição de líder nas exportações mundiais de carne de frango, sua participação no total irá recuar perto de 10%, caindo para cerca de 36% do total mundial.
Uma perda maior, naturalmente, está reservada para os EUA: sua participação no bolo estará resumida a 22% do total, resultado que implica em uma participação 37% menor que a de 2004.
No caminho oposto, é óbvio, as exportações dos demais países tendem a crescer mais de 70%. O que, se confirmado, fará com que sua participação no mercado fique próxima dos 42%.
Oportuno observar que, a despeito da perda de participação, o Brasil permanece em posição ímpar no ranking de exportadores, pois, após os EUA, os primeiros a aparecerem são a União Europeia, com 13% do total, e a Tailândia, com cerca de 8,5% do total.
Fonte: AviSite