Os dados relativos aos 10 primeiros meses de 2024 apontam queda significativa no número de Unidades Federativas (UFs) com desempenho negativo nas exportações de carne de frango. No fechamento do primeiro semestre, 15 UFs e quatro Regiões brasileiras registravam exportações inferiores às do mesmo período de 2023; agora, o número de UFs com resultados inferiores caiu para 10 e apenas uma Região registra queda em comparação ao mesmo período do ano passado.
Chama a atenção o fato de, em valores relativos, as maiores retrações ocorrerem na Região Norte: Pará, 58% a menos; Acre, 75%; Amazonas, quase 84%. Notar, porém, que o estado de Roraima aumentou suas exportações em 158%. E isto somado aos aumentos de Rondônia (19%) e do Amapá (perto de 27%) garante à Região um aumento de quase 50% nas exportações do período.
Em contrapartida, no Nordeste, entre os seis estados exportadores, a metade deles (Bahia, Paraíba e Maranhão) reduziu as exportações. Neste caso, porém, os aumentos registrados por Pernambuco, Alagoas e Ceará foram insuficientes para impedir um resultado negativo na Região, que sofre redução próxima de 12% no volume embarcado.
No Centro-Oeste, Mato Grosso e Distrito Federal também enfrentam queda nos embarques (1,33% e 9,21% a menos, respectivamente). Mas a redução é amplamente compensada pelos aumentos em Goiás (+2,71%) e Mato Grosso do Sul (+11,65%). Com isso, o Centro-Oeste mantém, em termos regionais, a posição de segundo maior exportador de carne de frango do País, com incremento de 2,81% em relação aos mesmos 10 meses de 2023.
No Sudeste, o Espírito Santo continua registrando forte retração nos embarques, mais de 30% menores neste ano. Mas o aumento de 7,36% em Minas Gerais combinado com a estabilidade de São Paulo e Rio de Janeiro (+0,2% e +0,5%) garante ao Sudeste aumento muito similar ao do Centro-Oeste: +2,71%.
Por fim, a Região historicamente líder na exportação de carne de frango – o Sul, responsável por 78% do volume total até agora exportado – completa os 10 primeiros meses de 2024 registrando aumento anual próximo de 3%. Teria sido mais não fosse o caso de Newcastle ocorrido no Rio Grande do Sul, responsável por uma queda de 7,36% nas exportações locais.
Note-se, de toda forma, que a queda gaúcha vem sendo amplamente compensada por aumentos nas duas outras UFs da Região, sobretudo por Santa Catarina, que registra aumento de mais de 6,5% no volume exportado.
Assim, se o volume adicional embarcado pelas 22 UFs que exportaram no período foi de 85 mil toneladas (2,04% a mais que o registrado nos mesmos 10 meses de 2023), 70% (pouco mais de 60 mil toneladas adicionais) saíram de Santa Catarina.
Fonte: AviSite