O gráfico abaixo registra, para os últimos dois anos, a evolução de preços da carne de frango exportada pelo Brasil (dados da SECEX/MDIC) e pelos EUA (dados da FAO), bem como a média registrada no mercado internacional (dados também da FAO).
Como se constata, a média internacional apontada pela FAO acompanha muito de perto os preços praticados no Brasil, que responde pela maior parcela da carne de frango comercializada mundialmente.
E o melhor exemplo da influência brasileira é observado nos dados referentes a agosto passado, ocasião em que o Brasil suspendeu parcialmente suas exportações devido a caso isolado de Newcastle no Sul do País. Então, o mercado externo ressentiu-se da menor disponibilidade do produto brasileiro, pois o preço alcançado subiu, conforme a SECEX/MDIC, quase 10% em relação ao mês anterior – alta que se refletiu no Índice FAO (aumento de 7%) e, embora em menor escala, até mesmo nos preços dos EUA (alta de 1%).
Em síntese, a menor disponibilidade do produto brasileiro no mercado internacional propiciou, nos três casos, a obtenção do melhor preço nos dois anos analisados.
Porém, com a superação do problema sanitário interno e a regularização dos embarques, os preço brasileiros voltaram a cair. Em outubro último, embora tenham superado em 8,7% o valor registrado um ano antes, ficaram quase 7% abaixo do alcançado em outubro de 2022.
Não é o que vem ocorrendo com os EUA. Segundo os dados da FAO, em outubro passado o produto norte-americano registrou valorização anual de, praticamente, 11%. E, em relação a outubro de 2022, obteve ganho de 6,5%.
Fonte: AviSite