Após os 90 dias de encerramento do caso isolado de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, a indústria avícola do estado aguarda a retirada de embargos por países que ainda mantêm algum tipo de restrição às compras de produtos avícolas gaúchos.
Mais de 13 países ainda mantinham algum tipo de restrição às importações de produtos avícolas do Rio Grande do Sul, seja para a área de 10 quilômetros ao redor do foco ou para todo o estado, dependendo do país importador, segundo informações do Mapa divulgadas à CarneTec na segunda-feira (21).
No último dia 25 de julho, o Mapa encaminhou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) relatório que comunicou o encerramento do foco de doença de Newcastle no RS. Após essa notificação, o governo brasileiro teve 90 dias para cumprir critérios e procedimentos para a solução e finalização do caso.
Encerrado o prazo, o Mapa deve solicitar junto à OMSA o reconhecimento do status de livre da doença de Newcastle.
“Feito isso, a retirada de todas as restrições ora vigentes depende da autoridade sanitária dos países importadores”, disse o Mapa em nota enviada à CarneTec.
Na semana passada, representantes do setor avícola e do Mapa participaram de reunião para discutir o encerramento dos 90 dias do caso da doença de Newcastle, segundo a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Na reunião, o diretor do Mapa Marcelo Mota informou que uma nota técnica com a cronologia dos procedimentos e critérios adotados para a solução e finalização do caso de doença de Newcastle dentro dos 90 dias tinha sido encaminhada a todos os países que ainda mantinham embargos aos produtos do RS.
“As ações e procedimentos adotados durante estes 90 dias foram eficazes e responsáveis, o histórico do Rio Grande do Sul nas exportações é exemplar e precisa ser considerado, por isso, é importante mantermos a régua cada vez mais alta na Biosseguridade”, disse o presidente executivo da Asgav, Eduardo Santos, em nota.
Confira abaixo a lista dos países que ainda mantinham algum tipo de restrição às compras de produtos avícolas do Rio Grande do Sul até 21 de outubro, com a descrição dos produtos suspensos, segundo o Mapa:
1- África do Sul: carne de aves (incluindo carne mecanicamente separada de aves);
2- Arábia Saudita: carne e produtos cárneos de aves;
3- Argentina: carne mecanicamente separada (CMS) de aves para alimentação animal;
4- Bolívia: carne de frango, galinha e peru;
5- China: carne e produtos cárneos de aves;
6- Chile: carne de aves fresca, resfriada ou congelada, e cabeças e pés;
7- Malásia: carne, produtos cárneos e miúdos de aves;
8- México: carne de aves incluindo CMS, subprodutos crus e subprodutos em salmoura;
9- Namíbia: carne de aves (incluindo CMS de aves);
10- Nova Caledônia: carne e produtos cárneos de aves; ovos e ovoprodutos;
11- Peru: carne de aves, ovoprodutos;
12- Turquia: produtos avícolas;
13- União Econômica Euroasiática: carne de aves, ovoprodutos, produtos para alimentação animal e aditivos para rações de origem animal.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil