O rebanho bovino brasileiro atingiu um recorde em 2023, a 238,6 milhões de cabeças, 1,6% acima do registrado em 2022, segundo os resultados da Pesquisa da Pecuária Municipal 2023 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse aumento, na realidade, foi em menor proporção do que a gente estava observando em anos anteriores”, disse a analista da pesquisa, Mariana Oliveira, em vídeo divulgado pelo IBGE sobre a pesquisa na quinta-feira (19).
“O setor estava com um comportamento de retenção de fêmeas e agora, inclusive também porque em 2023 a gente teve um aumento no abate de bovinos, temos indícios de que está iniciando a inversão do ciclo pecuário deste setor.”
O número de cabeças de bovinos brasileiros em 2023 foi o maior desde o início da série histórica da pesquisa do IBGE iniciada em 1974. Já o crescimento de 1,6% em relação a 2022 foi o menor aumento observado nos últimos três anos, o que reflete a tendência de inversão de ciclo pecuário.
Em 2023, o abate de bovinos no Brasil foi o segundo maior já registrado, com um total de 34,1 milhões de cabeças, e o peso da carcaça também foi recorde, segundo os dados do IBGE.
São Félix do Xingu, no Pará, foi o município brasileiro com o maior número de bovinos, ou 2,5 milhões de cabeças, 2,8% a menos que em 2022. O segundo maior rebanho, de 2,2 milhões de bovinos, foi registrado em Corumbá (MS), e o terceiro, em Porto Velho (RO), com 1,8 milhão de bovinos.
Mato Grosso manteve a posição de estado brasileiro com o maior rebanho bovino, com 34 milhões de cabeças em 2023, seguido de Pará (25 milhões), Goiás (23,7 milhões), Minas Gerais (22,5 milhões) e Mato Grosso do Sul (18,9 milhões).
Entre as regiões brasileiras, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentaram queda no rebanho bovino após quatro anos consecutivos de crescimento.
A Região Centro-Oeste fechou o ano com 76,7 milhões de cabeças, queda de 0,6% na comparação anual. A Região Sudeste registrou redução de 2% no rebanho para 38,2 milhões de animais.
Já as Regiões Nordeste, Norte e Sul apresentaram aumentos de 6,4%, 3,2% e 3,9% no rebanho bovino, respectivamente.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil