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Portaria atualiza diretrizes do Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina

Portaria atualiza diretrizes do Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina

As atualizações propostas visam alinhar as práticas brasileiras com as diretrizes internacionais estabelecidas pela OMSA, refletindo o cenário atual da EEB e otimizando a eficácia das medidas de controle

 

O Brasil possui status de risco insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como doença da vaca louca, desde 2012. Essa conquista para a pecuária nacional é fruto das ações previstas do Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), que aplica medidas oficiais de prevenção, vigilância e manutenção do status para EEB. Em reconhecimento ao status brasileiro, nesta quarta-feira (11), foi publicada, no Diário Oficial da União, a Portaria nº 180, estabelecendo novas diretrizes ao Programa.  

O diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Marcelo Mota, explica que a proposta de mudança surgiu quando a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) atualizou o capítulo 11.4 do Código Sanitário para Animais Terrestres. Segundo Mota, “as atualizações propostas visam alinhar as práticas brasileiras com as diretrizes internacionais estabelecidas pela OMSA, refletindo o cenário atual da EEB e otimizando a eficácia das medidas de controle. A adaptação do PNEEB permitirá ao Brasil manter seu status de risco insignificante, protegendo a saúde pública e animal, e garantindo a conformidade com as exigências internacionais de segurança alimentar e comercialização de produtos de origem animal”.  

Além disso, o texto faz ajustes no Feed Ban para focar exclusivamente em proteínas de origem de ruminantes. Esta mudança permitirá uma abordagem mais específica e menos onerosa, melhorando a eficiência regulatória e reduzindo custos para os produtores, sem comprometer a eficácia da medida.  

A vigilância também passa a focar exclusivamente bovinos com sinais clínicos compatíveis com EEB, ao invés de incluir ovinos e caprinos, permitindo alocação mais eficaz dos recursos, concentrando-se nos casos mais relevantes e melhorando a capacidade de detectar e responder a possíveis focos da doença.  

O texto também gera economia ao alterar medidas de mitigação, como a esterilização obrigatória de farinhas de carne e ossos, que será mantida apenas para atender a requisitos internacionais de exportação ou em caso de alterações no cenário epidemiológico.  

Por fim, a fiscalização será ajustada para focar na alimentação de ruminantes e na identificação oficial de bovinos importados, com monitoramento adicional, apenas se houver ocorrência de EEB clássica no país de origem.  

EEB  

A EEB, é uma doença neurológica fatal que afeta os bovinos e é causada por príons, acometendo toda a estrutura do sistema nervoso central do animal. Podendo ainda se manifestar de duas formas: clássica (transmitida por meio de alimentos fabricados de animais com a doença) e atípica (ocorre naturalmente e de forma esporádica entre os bovinos).  

PNEEB  

O Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina tem como objetivo controlar as importações, monitorar bovinos e produtos de ruminantes, fiscalizar estabelecimentos e realizar ações conjuntas entre setores público e privado. Além disso, aplica medidas sanitárias rigorosas, como inutilização de carcaças suspeitas, vigilância em abatedouros e propriedades, e controle de insumos e produtos de origem animal.  

 

Fonte: MAPA

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