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Em agosto, preço do frango abatido ficou aquém do registrado na curva sazonal

Ao analisar as tendências de preço do frango abatido, ontem (3) o AviSite observou que, ainda em setembro, ele pode igualar-se ao de um ano atrás. No entanto, comparativamente ao desempenho sazonal, já em agosto passado o preço alcançado – embora por pequena diferença – tornou-se negativo.

Explicando: a curva sazonal, reproduzida no gráfico abaixo, mostra a evolução relativa mensal dos preços do frango abatido nos últimos 20 anos, ou seja, entre 2004 e 2023. A base de cada exercício é a média do ano anterior, igualada em 100. Assim, por exemplo, se tivesse acompanhado a curva sazonal, em agosto passado o frango abatido alcançaria valor 8,5% superior à média de 2023.

Ainda que a diferença tenha sido mínima, não foi isso que ocorreu. Pois a cotação média de agosto passado, da ordem de R$7,33/kg, representou valorização de cerca de 7,5% sobre a média de 2023 – R$6,82/kg, menor valor do triênio 2021/2023. Dessa forma, o preço registrado no mês ficou 1,1 ponto percentual abaixo do que seria alcançado pela curva sazonal.

Nos sete meses anteriores (janeiro a julho) a situação foi bem diferente. Pois enquanto a curva sazonal apontava preços em média 2% superiores aos do ano anterior, os preços efetivamente alcançados ficaram, na média, quase 8% acima do valor médio de 2023. Em decorrência, essa média (mais exatamente, de 107,71 pontos em oito meses) ficou praticamente igual à média alcançada nos 12 meses pela curva sazonal: 107,47 pontos.

O detalhe preocupante, neste último caso, é que a média observada sazonalmente advém, sobretudo, de melhores resultados no segundo semestre. Detalhando, nesses 20 anos a média do 1º semestre foi de 101,75 pontos, enquanto a do 2º semestre superou ligeiramente os 113 pontos.

Conclusão: dada a estabilidade que vem marcando o mercado e os preços do frango abatido em 2024, o resultado negativo de agosto tende a se repetir no restante do ano. E se a diferença inicial a menos foi pequena, tende a se ampliar neste e nos próximos meses.

Supondo, porém, que a estabilidade atual se estenda pelo restante do ano isto representaria perda em relação à curva sazonal? Não necessariamente, pois o que vem ocorrendo é uma “inversão de momentos”. Pela curva sazonal, o melhor momento do ano está no 2º semestre. Em 2024 o melhor momento parece ter ficado reservado para o 1º semestre.

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