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Clima seco reduz perspectivas de safra e faz preços do açúcar baterem máxima de 5 meses

O clima seco no Brasil, maior produtor de açúcar no mundo, tem derrubado as perspectivas da safra 2025/26 de cana-de-açúcar, o que vem pressionando as cotações da commodity em todo o mundo. Ontem (18), o açúcar bruto listado na ICE Futures de Nova York bateu a máxima de cinco meses, fechando em alta em todos os lotes.

O contrato outubro/24, que expira nos próximos dias, fechou ontem comercializado a 21,16 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 118 pontos, ou 5,9%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/25 subiu, também, 118 pontos, contratada a 21,55 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 19 e 80 pontos.

“Os negociantes disseram que os especuladores estavam reduzindo uma posição líquida vendida em açúcar bruto, com perspectivas de que a oferta diminua durante o último trimestre deste ano, quando a colheita de cana no centro-sul do Brasil termina”, destacou a Reuters.

Ainda segundo a Agência Internacional de Notícias, o mercado também foi apoiado por uma perspectiva decrescente para a próxima safra de cana no Centro-Oeste do Brasil “após um período de seca prolongado e incêndios recentes”.

Londres

Na ICE Futures Europe, de Londres, a quarta-feira foi de alta, também, em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento dezembro/24 foi contratado ontem a US$ 555,50 a tonelada, valorização de 19,80 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela março/25 subiu 23,50 dólares, contratada a US$ 557,90 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 3,10 e 21,20 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a quarta-feira foi de pequena valorização nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 141,83 contra R$ 141,68 de terça-feira, valorização de 0,11% no comparativo.

Etanol hidratado

etanol hidratado também se beneficiou com as notícias de quebra de safra devido ao clima. Ontem, o biocombustível foi vendido pelas usinas a R$ 2.561,00 o m³, contra R$ 2.507,50 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 2,13% no comparativo, segundo o Indicador Diário Paulínia.

Por: Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias

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