O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na quarta-feira (25), com restrições, a transação que prevê a venda de algumas unidades de abate da Marfrig na América do Sul para a Minerva, segundo nota divulgada pela autarquia.

A transação inclui a venda de 11 unidades de abate e desossa de bovinos da Marfrig localizadas no Brasil, além de uma unidade na Argentina e outra no Chile.

O Cade determinou que a Minerva deverá vender a planta de abates em Pirenópolis, em Goiás, que faz parte do contrato de compra e venda com a Marfrig. A Minerva disse em nota que a planta de Pirenópolis está fechada desde 2010 e que, conforme material apresentado quando da aquisição, “nunca existiram planos de reabertura da planta”.

O Cade também decidiu que a Marfrig poderá expandir a capacidade de abate e desossa na unidade de Várzea Grande, em Mato Grosso, o que não era permitido no contrato entre as companhias.

Essas imposições foram consideradas pelo Cade como suficientes para mitigar as preocupações concorrenciais identificadas, como riscos associados à concentração no mercado de abate e desossa de bovinos.

Com a aprovação do Cade e a consumação das condições precedentes previstas no contrato, a Minerva e a Marfrig esperam que a operação de transferência dos ativos seja concluída até o fim de outubro, conforme informaram separadamente em comunicados.

O acordo de compra e venda de ativos foi anunciado pelas empresas em agosto do ano passado, com a venda de 16 unidades de abates de bovinos e ovinos da Marfrig no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai para a Minerva por R$ 7,5 bilhões.

Em maio deste ano, a Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência (Coprodec) do Uruguai negou autorização para a venda de três das unidades de abate de bovinos da Marfrig no país para a Minerva. À época, a Minerva informou que a decisão do Coprodec não era definitiva e estava sujeita a recurso.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil