Melhor que o do mês anterior; bem melhor que o do mesmo mês do ano passado. Foi assim o desempenho do frango abatido em junho de 2024.

Começando pela variação anual: em relação ao mesmo mês de 2023, o frango abatido completou o último mês do primeiro semestre alcançando valor quase 22% superior. Não que isso – ressalve-se e ressalte-se – tenha representado um ganho. Os preços de um ano atrás é que estavam extremamente baixos.

Mesmo assim o resultado pode ser considerado excepcional, pois, desta vez, o período foi encerrado sem apresentar aquela sazonalidade típica que caracteriza todo o setor de carnes no final do primeiro semestre, isto é, com cotações menores que as do início do ano. A estabilidade teve continuidade também em junho, encerrado com um valor médio apenas 0,24% menor que o de janeiro passado.

Comparativamente ao mês anterior, junho terminou com cotação inferior à registrada no último dia de negócios de maio (aliás, a data foi marcada por um dos mais baixos valores do ano). Ainda assim, graças ao bom desempenho das três primeiras semanas do mês, houve pequena recuperação na cotação média (+0,37%), fato que não havia ocorrido no trimestre março/maio, quando os decréscimos foram contínuos. Por ora, porém, a média de junho supera apenas a do mês anterior, permanecendo aquém das registradas entre janeiro e abril.

Como efeito principal da rara e excepcional estabilidade (em oposição à forte retração enfrentada um ano atrás), o primeiro semestre de 2024 foi encerrado com um valor médio cerca de 9% superior ao de idêntico período de 2023. Mas, deflacionado o resultado anterior pela inflação (IPCA) acumulada até maio, esse ganho cai para pouco mais de 5%.