O USDA revisou para baixo a produção do Brasil na temporada 2023/24, de 154 milhões (relatório de maio) para 153 milhões de toneladas, em função das inundações que afetaram o Rio Grande do Sul. Mas o número veio abaixo da estimativa do mercado, que previa 151,8 milhões de toneladas. De qualquer forma, foi suficiente para diminuir os estoques globais da temporada 2023/24 em cerca de 700 mil toneladas, para 111,07 milhões de toneladas. Para a temporada 2024/25, os estoques mundiais também foram reduzidos, passando de 128,5 milhões em maio para 127,9 milhões de toneladas em junho.
Para a Conab, a produção brasileira de soja deverá totalizar 147,353 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 4,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,609 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de safra de 147,68 milhões de toneladas.
A Conab trabalha com uma área de 45,978 milhões de hectares, com elevação de 4,3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 44,08 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.205 quilos por hectare. Em 2022/23, o rendimento ficou em 3.507 quilos por hectare, o que representa uma retração de 8,6%.
Na semana anterior, Safras & Mercado já havia antecipado estes movimentos e cortado sua estimativa em função da calamidade gaúcha. A produção brasileira de soja em 2023/24 foi revisada para 149,705 milhões de toneladas, com retração de 5,1% sobre a temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. Em 12 de abril, data da estimativa anterior, a projeção era de 151,246 milhões de toneladas. Mesmo assim, deve ser a segunda maior safra da história.
Safras indica aumento de 3% na área, estimada em 46,025 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,681 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare em 2022/23 para 3.269 quilos em 2023/24.